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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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sexta-feira, 29 de julho de 2011
De O Principezinho a O Monte dos Vendavais, obras de culto a preços imperdíveis. Campanha válida até 7 de Agosto, limitadas ao stock existente.

Saiba mais em: Editorial Presença

Sinopse:
“Já se passaram três meses desde que todos os que tinham menos de quinze anos ficaram encurralados na ZRJ.
Três meses desde o desaparecimento de todos os adultos.
A comida esgotou-se há várias semanas.
Todos têm fome, mas ninguém se dispõe a encontrar uma solução. E a cada dia que passa são mais os jovens que sofrem mutações e adquirem capacidades sobrenaturais que os distinguem dos que não têm esses poderes.
A tensão cresce e o caos reina na cidade.
São os «normais» contra os mutantes. Cada um luta por si, e até os melhores são capazes de matar.
Mas avista-se um problema ainda maior. A Sombra, uma criatura sinistra que vive soterrada no coração das montanhas, começa a chamar alguns dos adolescentes da ZRJ. A chamá-los, a guiá-los, a manipula-los.
A Sombra despertou.
E tem fome.”


Uma história que ultrapassa todos os limites da sanidade, em que a vida e a morte estão demasiado próximas e os pesadelos são mais reais do que alguma vez se imaginou possível.
Uma história de gente pequena que irá mexer com os graúdos. Preparem-se, quando julgarem que o pior já passou a ZRJ irá provar-vos que o limite da lucidez, do medo e do terror ainda nem sequer foi testado.
Um livro emocionalmente chocante que foi explorado de forma magnífica pelo autor Michael Grant que mais uma vez surpreende tudo e todos no seu universo de ficção científica, desta vez a rainha é a Fome e ela atingirá o âmago de cada um e não olhará a meios, nem a obstáculos, para se saciar.

Num momento em que quase todos encaram a morte como uma bênção, muitos são os que não se fazem de rogados a matar para alcançarem um pedaço de comida. O bom senso e os afectos são conceitos escassos nestas curtas vidas sem infância, que estão perdidas, submissas ao desconhecido. Cada dia pode ser o último e tudo o que conheceram até ao fatídico dia em que os adultos desapareceram deixou de fazer sentido.
Como se não bastasse a selvática Fome que toca a todos e o drama social de não haver adultos agora a guerra entre grupos está eminente, desta vez não são os miúdos pobres contra os ricos, mas sim, os «normais» contra os «anormais». Cada vez mais miúdos estão a adquirir poderes que são verdadeiras armas mortíferas e num instinto de autodefesa, complexo de inferioridade, ou puro medo, os «normais» estão a recorrer a armas de fogo para se revoltarem e expressar a opressão que sentem. Matar não custa mas sobreviver, por sua vez, tem um preço demasiado elevado.

Este é um livro que, embora não tenha personagens principais extraordinárias, consegue de forma global ser excelente, em conjunto todos os intervenientes dão vida ao enredo na perfeição. Uma história que é feita por crianças para reflexão de adultos, uma história que arrepia e impressiona a nível social, onde o horror está vivo e modifica-se sempre para pior, numa narrativa em que a sobrevivência é lei e o medo, o medo transmitido ao leitor, é levado ao limite.
Eu senti medo.

No que diz respeito aos personagens o autor, contrariando muitos clichés, não se faz de rogado a retirá-las de cena, quer sejam acarinhadas pelo leitor, ou repudiadas, todas elas são postas à prova chegando mesmo a ser postas de parte, definitivamente. Tutoras de crueldade, ou fio condutor ao real, será nelas que veremos abordadas questões proeminentes dos adolescentes e crianças do nosso mundo, a depressão, bulimia e o bullying são os mais evidentes. Portadoras de tensão e criadoras de eventual suspense elas, as personagens, suspenderão a respiração mas será o batimento cardíaco de quem lê que ultrapassará os limites aconselhados, dando vida a uma leitura sofrida, que embora sem lágrima carrega o peso de um título que se faz sentir até à medula, a Fome.

Fora tudo o que apresentei anteriormente, as questões levantadas no primeiro livro Desaparecidos mantêm-se, quer os bebés de colo que ficaram ao abandono, quer os incapacitados, continuam a ser os únicos inocentes que, apesar de estarem ao cuidado de outras crianças, continuam a ter a capacidade de mexer com o leitor. Inocentes, agora subnutridos, que aos 4 anos de idade tem de passar a agir por sua conta em risco, passam de bebés inconsolados, para crianças carentes o que leva a mais uma situação limite.

Este é um livro ideal para quem gosta de ficção científica ou de fantasia, num sentido mais lato, tendo em conta as criaturas mutantes e as mutações das próprias crianças que complementam um verdadeiro pesadelo a tudo o que já está a ser experimentado pelo autor. O romance por sua vez é ténue, quase inexistente, ainda que esteja a desabrochar de forma inocente entre alguns pares, servindo como apoio ou incentivo para resistir mais um dia nesta narrativa que se aproxima muito mais do género terror.

Sou mais do que fã de Michael Grant e da sua escrita, terra a terra, que carrega uma fluidez impressionante na forma decrescente como nos prepara para um momento catastrófico o que apenas contribui para enaltecer a grandiosidade da obra que apresenta. Em frases simples mas num universo complexo o autor consegue expor um sem número de situações onde mistura sentimentos reais com o mais surreal dos cenários proporcionando, sem qualquer dúvida, uma grande experiencia literária.

Este é um livro que não aconselho a pessoas susceptíveis, mas sim a todos aqueles que ousarem experimentar um ensaio sobre uma catástrofe.
Convido-os, assim, a entrar nesta nova realidade e a experienciar o inimaginável, convido-os a abrirem as portas a alguns pesadelos que desconheciam. Um leitura imperdível e a continuação, em minha opinião, de uma das melhores apostas de sempre por parte da editora Planeta Manuscrito.

Título: FOME
Autor: Michael Grant
Género, Ficção Científica
Editora: Planeta Manuscrito
Pack Stravaganza: Cidade das Máscaras / Cidade das Estrelas
Autor: Mary Hoffman
Colecção: Via Láctea
P.V.P.: 32,82 € 19,90 €

Comprar: Aqui!

Sinopse: Mary Hoffman cria em A Cidade das Máscaras, o primeiro de uma série intitulada Stravaganza, um mundo fantástico que nos transporta a uma Itália paralela, do século XVI, denominada Tália. E é justamente para lá que Lucien, um jovem inglês do século XXI, se vê Stravagantado quando algo de muito insólito acontece. Farto de passar longas horas numa cama de hospital, Lucien recebe de presente um belíssimo livrinho de apontamentos. Mas o que ele não sabe é que esse objecto aparentemente banal é na verdade um talismã, um passaporte para a maior aventura da sua vida! Em A Cidade das Estrelas, segundo volume da série, Georgia, uma jovem inglesa do nosso tempo, apaixonada por cavalos e pela equitação, compra uma pequena estatueta etrusca de um cavalo alado e, encantada com a sua beleza, adormece abraçada a ela. Mas o cavalinho é, na verdade, um talismã que permite viajar entre dimensões diferentes, e é assim que a jovem se vê transportada para Remora, a cidade mais importante de Tália. A descoberta deste mundo fabuloso, repleto de mistérios, de magia e de personagens fascinantes é para a jovem motivo de grande alegria, mas os perigos também a espreitam. As surpresas também não se fazem esperar, e a maior delas é o encontro com Lucien, o protagonista do primeiro volume. Uma obra-prima da literatura juvenil contemporânea.

*Portes grátis para território nacional.
**Semana de 25 a 31 de Julho.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Sinopse:
“Aos 28 anos, depois de ser deixado pela namorada, Justin Halpern vê-se na humilhante obrigação de voltar a viver em casa dos pais… e de partilhar o seu espaço com o pai de 73 anos, Sam Halpern, possivelmente o homem mais mal disposto do mundo.
Usando a sua vocação de escritor e guionista, Justin começa a registar a sabedoria irónica contida nos desabafos, conselhos e, por vezes, nos berros furiosos do pai. Criou uma página no Twitter para partilhar com os amigos estas pérolas – e, em pouco tempo, a página tinha centenas de milhares de seguidores!
(…)”

Um verdadeiro remédio santo para a má disposição!
M*rdas Que o Meu Pai Diz não poderia fazer mais jus ao título que carrega! Esta é uma hilariante comédia repleta de ironia onde, de forma divertida e inteligente, o autor Justin Halpern expõe toda a sabedoria transmitida pelo seu Pai durante o seu crescimento.
Um livro em que, apesar da forte componente cómica, o leitor se irá rever em inúmeras situações caricatas, que fazem parte do crescimento comum, e onde o conceito familiar está presente de forma muito proeminente. Certo é que em cada conselho existirá uma gargalhada, numa narrativa que é breve mas que satisfaz todos os tipos leitor.

Se alguma vez o leitor pensou ter problemas graves de comunicação com o seu tutor, desengane-se!
Quando Justin se vê, aos 28 anos, obrigado a viver novamente a paredes meias com o seu Pai teve então a brilhante ideia de oferecer ao mundo os anedóticos conselhos que toda a vida este, sabiamente, lhe transmitiu e o resultado não poderia ser mais divertido!

Um livro que compila um sem número de situações que, sendo idênticas às que muitos de nós ultrapassaram durante o seu crescimento, rompe com todos os conceitos banais de uma forma que não poderia ser mais alegre. Desde a mais ridícula das questões, á mais filosófica, todas elas merecem uma pitada de ironia, ou sarcasmo, através de um personagem bem real que se não existisse teria, efectivamente, de ser inventado.

Mais do que uma hilariante comédia esta pequena obra é também um almanaque sobre família, no seu sentido mais valoroso e, apesar de toda a mordacidade contida nas palavras do Pai, é saliente o amor, amizade e afeição que este tem por cada um dos seus filhos, só que, dada a sua personalidade tão excêntrica, nem sempre a forma como se expressa é a mais correcta, ainda para mais, se tivermos em conta que uma boa parte do livro relata a infância de Justin.

Tudo o que realmente importa e que, de alguma forma, tempera a vida poderá assim ser encontrado nesta leitura desprendida que apela ao bom senso e ao mesmo que dá enfâse às questões mais descabidas mas que fazem, de uma forma, ou de outra, parte do que somos.

É importante notar a genialidade do autor Justin Halpern, a forma como expõe toda a narrativa, numa escrita leve e descontraída que fará o leitor esquecer-se da passagem do tempo e acabar a reflectir sobre as suas próprias vivências enquanto confirma que rir é mesmo a cura para todos os males.

No final é com um toque de sentimentalismo que verificamos que até na maior das ironias se encontra uma grande lição de moral e de amor ainda que nem sempre esteja visível, de tão insólitos que são determinados momentos da vida que o autor que teve. Sem dúvida, esta é a história de uma linda família desigual e ao mesmo tempo semelhante a tantas outras.
Um livro que tenho recomendado aos meus amigos e que vos recomendo também, pois até mesmo para quem não gosta de ler, o divertimento é garantido. Uma obra com a assinatura Pergaminho.

Título: M*rdas Que O Meu Pai Diz
Autor: Justin Halpern
Género: Comédia
Editora: Pergaminho
Baseado numa das peças de maior sucesso da história da Broadway!

Titulo: Caveman
Autor: Rob Becker
Tradução: Marta Dias  
Páginas: 136
PVP: 13,50€



Ah, a guerra dos sexos: a eterna batalha de amores, desamores, amuos, zangas e reconciliações que tem ocupado as vidas dos homens e das mulheres desde… bom, desde sempre!
Caveman, de Rob Becker, é a peça a solo de maior sucesso de sempre na Broadway. Foi levada à cena em mais de 30 países e teve mais de 8 milhões de espectadores em todo o mundo. O motivo deste sucesso não é difícil de adivinhar: desde tempos imemoriais que as pequenas grandes manias, diferenças e idiossincrasias de homens e mulheres têm sido uma fonte de reflexão, introspecção e, claro, muito humor.

Caveman – o Livro, a versão narrativa actualizada da peça, conta a história de um casal moderno, Manuel e Teresa, e dos altos e baixos da sua relação. Uma mistura perfeita entre stand-up comedy, terapia de casais e pura diversão!
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Em parceria com a estimada editora Quinta Essência, As Histórias de Elphaba vão dar inicio a um novo passatempo.
Desta vez temos para oferta um exemplar do livro A Árvore dos Segredos da conceituada autora Sarah Addison Allen.
Para ganhar este exemplar basta responderem acertadamente às perguntas abaixo colocadas e preencher todos os campos obrigatórios.

Podem encontrar as repostas às questões: Aqui

O sorteio do vencedor será efectuado uma vez mais de forma aleatória com o auxilio da ferramenta Random.org

Uma história inesquecível!

1. Passatempo válido até 23h59 do dia 1 de Agosto de 2011 (segunda-feira).
2. Só é possível uma participação por pessoa, e-mail e residência.
3. Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
4. O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
5. Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras serão automaticamente anuladas.
6. Boa Sorte!

domingo, 24 de julho de 2011

Sinopse:
Prendas de Winsol
Daemon, Príncipe dos Senhores da Guerra de Joias Negras de Dhemlan, está ainda a adaptar-se ao seu primeiro ano de casado com a sua Rainha Feiticeira, Jaenelle. Porém, com a aproximação da celebração do Winsol que se prolonga por treze dias, Daemon tem de lidar com demasiadas solicitações ao mesmo tempo que se assume como anfitrião da sua admirável família.

Cambiantes de Honra
Ainda a recuperar da provação que a deixou ferida e furiosa, Surreal regressa a Ebon Rih sob as ordens do Príncipe Lucivar. Quando o seu antigo amante Falonar desafia impiedosamente a autoridade da família à qual ela pertence, Surreal poderá, por fim, sucumbir às trevas que ardem no seu âmago.

Família
Quando alguém arma uma cruel cilada à Rainha Sylvia e aos seus filhos, as sequelas consomem por completo as vidas da família reinante de Dhemlan. Terão de desvendar a identidade do Senhor da Guerra conhecido somente como Sem Rosto antes que regresse para terminar o que começou.

A Filha do Senhor Supremo
Após a perda das duas pessoas mais importantes da sua vida, Daemon assumiu o papel de seu pai, Saetan, como Senhor Supremo do Inferno, construindo um muro em redor do seu coração. Porém, ao estabelecer inadvertidamente uma nova relação, bastará ela para o libertar da sua vida desprovida de amor?


A mais distinta rainha do dark fantasy .
Ainda me lembro a primeira vez que tive o prazer de ler Anne Bishop, a paixão que me inundou ao percorrer as suas páginas e a ânsia de obter todas as suas obras publicadas em terras lusas.
Extravagante, irreverente, audaz, uma musa que transpira sensualidade na sua escrita, que embala e alimenta os seus leitores num universo complexo e bem estruturado, que extravasa todos os limites do terror real e, ainda assim, nos submerge em múltiplas formas de amor.
Despertar do Crepúsculo fecha uma porta e abre uma janela no já conhecido mundo das Jóias Negras, alinha todas as pontas soltas e complementa todos os bem-aventurados e amados ao longo de quatro deliciosas histórias que se irão entranhar no coração dos leitores e surpreende-los até ao último momento.

Nesta narrativa é dado ao leitor a possibilidade de acompanhar a par e passo o desenvolvimento de personagens já familiares. Desde o mais perfeito dos casamentos, aos desígnios da transformação em demónio-morto, ou mesmo, no derradeiro murmúrio das Trevas, tudo isto estará ao alcance dos mais ávidos leitores deste fantástico universo, onde o imaginário ganha vida de forma intensa e fascinante.

Entre a sedução e lutas, em Bishop, os verdadeiros vencedores são aqueles que têm o poder e ousadia mais negra e mais submissa, donos de uma perspicácia que os protege e aos seus, estou claro a falar dos Príncipes Senhores da Guerra, Deamon, Lucivar e Seatan, todos eles expostos, uma vez mais, a provações inimagináveis que desenvolverão no leitor uma essência de sentimentos que só esta autora sabe, de forma majestosa, transmitir.

Mas de que servem os Príncipes sem as suas Rainhas e companheiras?
Surreal, Jaenelle, Tersa, Sylvia e Marian serão personagens que iremos também reencontrar e estimar pelos seus valores e convicções, tão reais como ficcionais. Uma vez mais estas mulheres provarão o valor do seu Sangue e sentido de justiça caminhando no fio da navalha, em momentos distintos, ao longo das quatro histórias.

Indispensável para o sucesso que acompanha este livro é a sua cronologia, a forma como a autora situa o leitor oferece a oportunidade de uma percepção plena dos momentos precisos em que desencadeia cada uma das histórias que servem, por sua vez, para colmatar todas as brechas que ficaram em suspenso durante os livros anteriores, permitindo a quem tão intensamente acompanha o universo das Jóias Negras abranger a totalidade das acções e emoções que envolvem a família SaDiablo. Assim encontraremos, por exemplo, momentos que mostram a Cerimónia da Aquisição da Jóia por Direito de Progenitura que é emocionante, veremos também o Inferno, onde residem alguns dos membros importantes dos Sangue, um local que é ao mesmo tempo aterradoramente intrigante e fascinante, e ainda a festa do Winsol, onde está explícito o conceito de família que é tão importante e sobrevalorizado para os personagens.

Ricamente pormenorizada a complexidade deste mundo é algo que preenche e satisfaz qualquer leitor exigente, cada momento de acção, humor ou emoção é detalhado sem se tornar excessivo mas que, ainda assim, permite um encanto sedutor e extasiante.

Por último, no que diz respeito à maravilhosa capa, em perspectiva pessoal, esta representa a Senhora Sylvia com o seu vestido vermelho e o Sem Rosto, um personagem que é mais um dos pesadelos palpáveis a que Bishop habituou os seus leitores, magnífica como todas as capas que acompanham esta autora.

Quanto à escrita da Anne Bishop, ela é a melhor entre melhores, algo que só compreenderão depois de experimentarem. Não é uma leitura rápida ou fácil pela dimensão do seu mundo, mas é aí que reside uma boa parte do seu valor, na exposição de uma imaginação ilimitada, brilhante.

É com um misto de alegria e vazio que terminamos estas histórias que, para quem acompanha as Jóias Negras, deixará no peito uma doce tristeza. Para mim saudade é o sentimento que mais me acompanha, saudade de uma autora, de uma escrita e de um universo que relembrarei sempre com a maior estima e carinho, pois entre lágrimas e sorrisos os SaDiablo fazem, de alguma forma, parte do que mais adoro em literatura, são uma família, quase minha. Uma grande obra literária, com o carimbo da Saída de Emergência, na já familiar, colecção BANG!


Título: Despertar do Crepúsculo
Autora: Anne Bishop
Género: Fantasia, Romance
Editora: Saída de Emergência
Título: Amores Proibidos
Autora: Jill Mansell
Núm. páginas: 400
PREÇO: 18.85 16.97€

Sinopse:
Durante anos Jessie manteve em segredo a identidade do pai do seu filho Oliver, e fica em estado de choque quando descobre que o homem em questão, o famoso actor Toby Gillespie, acaba de se mudar para a casa ao lado. Será que a verdade está prestes a ser revelada? Bastaria um olhar de relance em direcção a Oliver e alguma aritmética mental para Toby deslindar a situação. Mas será que ele é capaz de tal aritmética? E se for, qual será a sua reacção perante um filho que desconhecia? Se acha que a vida de Jessie já está muito complicada imagine só como vai ficar quando Toby se declarar: afinal, Jessie sempre foi a mulher da sua vida. E o pior é que Toby é casado e a sua deslumbrante mulher pode assistir a tudo da janela ao lado!

Mais informações em:

sexta-feira, 22 de julho de 2011
UM ANO À BEIRA-MAR
Autobiográfico. Inspirador. Sem contra-indicações.

Título: Um Ano à Beira-Mar
Autor: Joan Anderson
Tradução: Carla Morais Pires
PVP: 13,50 € • 220 Páginas

Quando o marido lhe comunicou que teria de mudar-se para outra cidade por razões profissionais, Joan Anderson soube instintivamente que não o acompanharia nessa mudança. O desgaste da relação e a saída de casa dos filhos de ambos apontavam-lhe outro caminho.
Foi então que decidiu passar uma temporada numa casa da família, junto ao mar. Quem sabe se algum afastamento da vida quotidiana, até aí inteiramente dedicada ao marido, aos filhos e ao lar, não seria aquilo de que estava a precisar? Quem sabe se o ritmo das marés não seria o tónico necessário para uma transformação interior que lhe devolvesse a auto-estima e o prazer de viver?
Durante o ano seguinte, Joan desfrutou da solidão, viveu novas experiências e aprofundou a sua própria personalidade. Descobriu o seu lado mais íntimo e determinada a sair do marasmo em que se encontrava decidiu tomar as rédeas do seu futuro. O resultado? Um livro inspirador e cheio de reflexões no qual os sentimentos assumem um protagonismo especial.

Sobre Joan Anderson:
Joan Anderson é apresentadora de televisão, jornalista e autora de numerosos contos infantis, bem como do aclamado livro Breaking the TV Habit. Um Ano à Beira-Mar é a sua obra mais pessoal e um êxito de vendas, tendo permanecido 30 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times.
Numa tentativa de partilhar o que aprendeu ao longo do ano que passou junto ao mar, Joan Anderson criou o programa «Fim-de-Semana à beira-mar», de forma a ajudar outras mulheres a explorar o essencial da vida e a desfrutar o momento presente.
Joan vive com o marido em Cape Cod, onde organiza os seus workshops. É ainda oradora frequente em palestras que versam os problemas das mulheres e o papel dos media nas nossas vidas.
Mais sobre a autora em www.joanandersononline.com
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Sinopse:
“Durante dez anos Camden e Gigi, Lorde e Lady Tremaine, tiveram o mais perfeito dos casamentos, baseado na cortesia, no respeito e… na distância. Um segredo, uma tradição e um oceano separam-nos desde o dia seguinte ao enlace. Gigi vive na bela mansão londrina do casal, enquanto Camden se estabeleceu em Nova Iorque. Nenhum se mete na vida do outro. É uma combinação que não podia ser mais ideal e civilizada aos olhos da alta sociedade vitoriana, embora ninguém saiba o que aconteceu para acabar com o apaixonado amor que existia entre ambos.
Agora as coisas vão mudar. Gigi é uma mulher inteligente, sofisticada, rica e muito segura de si. Decidiu agarrar-se à sua última oportunidade de ser feliz e aceitar a proposta de casamento do seu pretendente, Lorde Frederick, um jovem pintor. Assim, escrever ao marido, enviando-lhe os papéis do divórcio. Mas em vez de devolvê-los assinados, Cameden apresenta-se à porta da mansão de Londres para lhe oferecer um acordo: vai conceder-lhe o divórcio – afinal, já não se amam, não é? – mas antes Gigi deve dar-lhe um herdeiro. Se ela não aceitar, ele não lhe concede o divórcio. Gigi aceita, mas impõe um período de um ano. Um ano em que se acumulam as lembranças da paixão que outrora os uniu, um ano em que segredos são revelados, um ano em que o desejo volta mesmo contra vontade, e um ano em que ambos devem decidir se o casal mais admirado de Londres deve voltar a apaixonar-se… ou separar-se para sempre.”


É fácil, para quem já teve oportunidade de folhear Um Amor Quase Perfeito, perceber o porque deste livro ser tão aclamado, ora vejamos, as suas personagens são maravilhosas, o retrato da época é perfeito, o seu argumento vai arrebatar o leitor e a escrita, perspicaz, deixará qualquer um preso e ansioso por mais um folgo, uma página, de Lorde e Lady Tremaine.
Este é o meu primeiro romance de Sherry Thomas e estou conquistada, a autora proporciona uma história que derreterá os mais gélidos corações através de uma narrativa que vos fala, de forma elegante e cuidada, sobre o melhor e o pior que pode existir em cada um e sobre como o amor e o ódio se alimentam mutuamente.

Existem personagens que nos conquistam logo nas primeiras linhas e Gigi é uma delas, quer pelo seu passado em que revela uma inteligência e crueldade perspicaz, quer pelo seu presente em que se encontra exposta a um amadurecimento forçado pela vida que lhe trouxe o relevo necessário a conceitos como a generosidade e amizade. Uma mulher inacabada emocionalmente mas que psicologicamente é completa e luta para preencher todas as lacunas que o futuro lhe reservou.
Camden por seu lado é um homem com um nome forte na sociedade, mas para quem o passado não foi generoso, até conhecer Gigi. Também ele inteligente e glorioso nos seus princípios mas que devido a dificuldades financeiras se viu amarrado a Gigi que o fez ganhar e perder tudo, numa única jogada, que transformou as suas vidas e enregelou os seus jovens corações.
Tudo tem um preço e esta é uma afirmação que está bem presente no desenrolar da vida destes protagonistas, ambos conquistaram o que ambicionavam na juventude, mas o custo veio a revelar-se imenso e agora terão de lutar contra toda a mágoa e os seus medos, se quiserem, finalmente, encontrar uma felicidade que nem o nome, nem o dinheiro, podem cobiçar.

Nos finais do século XIX, numa sociedade elegante e dominada pela ambição, a autora irá proporcionar aos seus leitores a oportunidade de se apaixonarem e odiarem cada um destes protagonistas. Transcrevendo cada gesto, atitude e momento de acção em valorosas descrições, será com uma forte carga emocional que encontraremos expostos todos os detalhes e requintes de uma época vitoriana.

Uma narrativa sem momentos mortos, em que cada início ou colusão é fulcral, é também um dos pontos fortes que faz parte deste livro, que prende e enlaça o leitor, que avidamente se deixa seduzir pelo enredo que levanta enumeras questões, tanto emotivas e sociais.

O tempo que marca a história é também ele digno de relevo, sendo que, é dada a oportunidade ao leitor de acompanhar o momento em que Gigi e Camden se conhecem, a sua ruptura e todo o caminho que percorreram até aos dias de hoje, a data em que é efectuado o pedido o divórcio. Daqui em diante iremos igualmente conhecer as suas escolhas e ponderações, sobre segundas oportunidades, o preço dos sentimentos, até então desvalorizados e apreenderemos, detalhadamente, a origem e desenlace desde romance. Tudo isto de uma forma prodigiosa, pela minuciosidade descritiva da autora, que intercala o passado e o presente como se de um só tempo se trata-se.

O que também não passa despercebido é todo o cuidado que houve em torno dos personagens secundários, cada um destes também premiado com vida própria e, mesmo que nem sempre interfiram de forma activa no núcleo central, contribuem de alguma forma para enriquecer esta trama maravilhosa.

Obviamente que tudo isto só é possível graças á magnifica escrita de Sherry Thomas que de forma perspicaz nos arrebata e conquista ao longo de cada passagem, transformando todos os momentos de leitura em conquistas e negações que nos fazem reflectir sobre os medos, desejos e anseios dos seus personagens.

Certo será dizer que adorei cada momento deste livro que me dominou e emocionou ao longo de toda a narrativa. Uma autora que passa para o top de favoritismos no romance histórico, que deve ser seguida de perto e que, com toda a certeza, continuará a surpreender pela sua genialidade.
A não esquecer que se encontra também publicado, da mesma autora, o livro O Fruto Proibido, ambos com o carimbo da mais romântica das editoras, Quinta Essência.


Título: Um Amor Quase perfeito
Autora: Sherry Thomas
Género: Romance Histórico
Editora: Quinta Essência
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sinopse:
“Willa Jackson vem de uma antiga família que ficou arruinada gerações antes. A mansão Blue Ridge Madam, construída pelo bisavô de Willa durante a época áurea de Walls of Water, e outrora a mais grandiosa casa da cidade, foi durante anos um monumento solitário à infelicidade e ao escândalo. E a própria Willa há muito se esforçou para construir uma vida para lá da sombra da família Jackson.
Mas Willa soube há pouco que Paxton, uma antiga e elegante colega de escola, da abastada família Osgood, restaurou a mansão e a devolveu à sua antiga glória, tencionando transformá-la numa elegante pousada. Talvez, por fim, o passado possa ser deixado para trás enquanto algo novo e maravilhoso se ergue das suas cinzas. Mas o que se ergue, afinal, é mais um segredo que gira à volta de algo encontrado sob o solitário pessegueiro da propriedade.
Por que motivo estão de repente a acontecer coisas estranhas em toda a cidade?
Agora, unidas numa improvável amizade e por um enorme mistério, Willa e Paxton têm de confrontar as paixões perigosas e as trágicas traições que outrora uniram as suas famílias e descobrir a verdade acerca dos antepassados que transcenderam o tempo e desafiaram a sepultura para tocar os corações e as almas dos vivos.”

Uma mágica lufada de ar fresco na já bem conhecida literatura romântica é, sem dúvida, a sensação que fica após o virar da última página de A Árvore dos Segredos.
Para mim, que sou uma estreante na escrita de Sarah Allen, foi com imensa expectativa que aguardei por uma oportunidade de folhear esta autora e não poderia, de forma alguma, sentir-me mais satisfeita. Com personagens fortes e bem construídas, bem como, um enredo tão misterioso como romântico envolvido num ambiente místico e repleto de sensações a autora abre-nos as portas para a pequena cidade de Walls of Water, onde vem reafirmar, uma vez mais, os motivos porque é tão acarinhada pelos seus leitores.

Willa é uma mulher independente e que desejava poder alterar o seu passado. Todos os dias observa à distância o que sobrou dos tempos em que a sua família era abastada e reconhecida, se o faz numa tentativa de esquecer ou superar o que nunca teve para poder seguir em frente, nem ela própria o sabe, mas o futuro poderá apenas ser feito por si própria e ela julga estar no bom caminho.
Paxton vive para superar as expectativas que o mundo tem sobre si, ou que ela própria cria, uma mulher forte e de grandes princípios mas que é submissa às vontades de terceiros, quando começará ela a viver em prol de si mesma?
Um legado conjunto irá unir estas duas jovens tão singulares e de vidas tão diferentes que apenas têm um ponto em comum, não se permitem a si mesmas felizes. Mas o futuro poderá aflorar o passado e esta união passará, não só, pelo estreitamento de laços antigos através de uma amizade que atravessou gerações, bem como, o aparecimento de algo que lhes retire a neblina do coração e permita o raiar de calor através de sentimentos maiores e mais importantes que tudo o resto, e quiçá, o amor.
Ambas terão, em conjunto, de enterrar para sempre o passado que as une mas para isso terão de quebrar todas as barreiras impostas pelo presente e conhecer-se melhor a si mesmas.

Mesmo para quem não gosta de fantasia Sarah Allen irá ser uma agradável e inesperada surpresa. Repleta de sensações, esta é uma narrativa que vos conquistará pelos seus cheiros e por toda a carga emocional que transmite, pelas palavras de uma autora que marca pela diferença, não só, na sua escrita, mas também, na forma como transmite os seus desejos despontando nos seus leitores, a par com o entretenimento, momentos de reflexão através de conceitos tão salientes nos dias de hoje como o amor, a amizade e a forma como encaramos a vida, envolvendo tudo isto com uma nuance de mística onde o inesperado é sempre uma agradável surpresa.

No que diz respeito às suas personagens principais, tanto as femininas, Willa e Paxton, como os seus pares, são inesquecíveis. Quer seja pelos seus dramas reais, quer pelas suas personalidades consistentes, existe em qualquer uma delas muito de palpável e seja através das suas atitudes, das suas lágrimas ou do seu sentido de humor o leitor sentirá sempre uma aproximação e uma química que merece voto de apreciação.

A localização onde se desenrola toda a acção, Walls of Water, é também um forte contributo para o sucesso que este romance consegue alcançar, transmitindo uma sensação de sobrenatural, esta cidade mística da Carolina do Norte é, não só, um atractivo local de turismo, como o sustento e orgulho dos seus habitantes pontuada com mansões únicas que persistem ao longo de gerações.

Outro dos pontos que certamente envolverá os leitores nesta trama provocando arrepios e um sem número de sensações, mexendo com a sua susceptibilidade, é toda a carga emotiva e simbólica que constitui a restauração da mansão Blue Ridge Madam que pertenceu aos antepassados de Willa mas que neste momento está nas mãos de Paxton. Servindo como elo de ligação entre os personagens e fio condutor ao desenrolar de todo o mistério, são muitas as questões que se desenvolvem a partir destas paredes e de um misterioso pessegueiro que se mantém de “pedra e cal” nos jardins.

Embora, por um lado, se procure explicações para os segredos que vão despontando, são todos os sintomas que assolam os protagonistas que mais intrigam, pois quer seja através do cheiro a pêssego, das ilusões do passado, das sensações de calor e frio, ou mesmo, de uma segunda presença sempre que os pensamentos se dirigem a mansão, o facto é que, esta directamente ligada com o desenvolvimento da vida de Paxton e Willa, e é só com a conclusão do restauro as nossas protagonistas conseguiram, também elas, finalmente encontrar o seu ponto de equilíbrio.

No que diz respeito à escrita de Sarah Allen esta não poderia ser mais apropriada, leve e consistente, oferece-nos uma leitura sôfrega e mágica que é pontuada de momentos de humor mas também de reflexão envolvendo o leitor durante toda narrativa que não tem momentos monótonos.

Muito atractiva esta é uma autora que quando experimentada deixa a marca da sua incomum essência e agora, falando por mim, não vejo a hora de ler mais romances desta autora sendo que alguns deles estão descurados na estante à demasiado tempo.
Invulgar, atractiva e muito romântica esta obra é sem dúvida uma fonte inesgotável de entretenimento que não posso deixar de vos convidar a experimentar. Com a assinatura, como não poderia deixar de ser, da Quinta Essência.

Título: A Árvore dos Segredos
Autora: Sarah Addison Allen
Género: Romance
Editora: Quinta Essência
Chega ao fim mais um passatempo com a preciosa colaboração da ASA.

Não posso deixar de vos agradecer a todos, uma vez mais, a activa participação pois só assim é possível a continuidade deste espaço.

Sem mais demoras o(a) feliz comtemplado(a) que levará para casa um exemplar do livro Uma Mansão na Bruma de Elizabeth Edmondson é:

100* Sónia (…) Teixeira

Muitos parabéns Sónia e votos de uma óptima leitura.

A todos os outros tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo a sorte também vos contemplará.
Boas Leituras!
A Família Radley, (em breve no cinema, produzido por Alfonso Cuarón, realizador de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), conta a história de uma família de vampiros abstinentes.
Uma leitura muito cómica.

Titulo: A Família Radley
Autor: Matt Haig
Tradução: José Luís Luna
Páginas: 360
PVP: 16,95€
Já Disponível... Imperdível!
A Família Radley é uma família como tantas outras: mais ou menos disfuncional, mais ou menos satisfeita. Até aqui, tudo bem. Só que os pais, Peter e Helen, têm escondido de Clara e Rowan, os filhos, um segredo arrasador, mas que explica muitas coisas…
Um livro divertido, envolvente e emocionante que nos oferece o retrato de uma família invulgar. A Família Radley faz-nos pensar em que será que nos tornamos quando crescemos e o que será que ganhamos (e perdemos) quando negamos os nossos apetites.

«Deliciosamente excêntrico.» Financial Times

Autor:
Matt Haig nasceu em 1975. Foi jornalista e colaborou em diversas publicações, nomeadamente o Guardian, o Sunday Times e o Independent. Vários livros seus foram adaptados ao cinema e conquistaram prémios, bem como os elogios da crítica e dos leitores. O seu livro mais recente, A Família Radley – publicado em 26 país - assinala a sua estreia em Portugal. Matt Haig foi premiado em 2007 com o Nestlé Children's Book Prize. www.matthaig.com.
sábado, 16 de julho de 2011
Sinopse:
"Nem tudo é o que parece neste cenário idílico…
É com surpresa que Cleo recebe a notícia do casamento da mãe e o convite para passar uma temporada na Cornualha, onde irá conhecer o sei novo padrasto, Lord Landrake.
Inicialmente, a jovem sente-se intimidada pela imponente mansão da família, mas depressa se rende à sua beleza.
Se ao menos a sua relação com os Landrake fosse igualmente simples… mas o comportamento de Lord Landrake torna-se cada vez mais estranho, e as suas três filhas, as novas “irmãs” de Cleo, parecem infelizes e extremamente maliciosas.
Será Fitz, o jovem cunhado do lorde, a ajuda-la a perceber a verdadeira dimensão do passado daquela família. Juntos, estão decididos a descobrir o que se esconde por detrás da teia de mistérios e paixões que envolve Landrake Hause há gerações."


Despontando lentamente Uma Mansão na Bruma é um livro que começa de forma vagarosa mas que, surpreendentemente, ganha após as primeiras páginas um ritmo sôfrego impossibilitando o leitor de descurar a obra até que lhe seja permitido abranger a magnitude do mistério que envolve a Família Landrake e resplandecer-se com um final inesperado.
Está é uma narrativa envolvente, que nos aprisiona entre um passado obscuro e um futuro incerto, onde Elizabeth Edmondson faz jus às críticas que lhe são atribuídas oferecendo aos seus leitores uma viagem inesquecível, num ambiente místico, onde o romance reina entre os segredos de uma família magnata e conservadora que, através do seu patriarca, se recusa a aceitar uma nova perspectiva social numa época em constante mutação, marcada pela Primeira Grande Guerra Mundial.


Cleo é uma jovem modernizada para a sua época, filha de uma actriz e sem pai, conseguiu obter formação académica e trabalhar pela sua independência contrariando os ainda proeminentes conceitos sociais retrogradas que persistem em zonas mais isoladas do seu país de origem, como são exemplo, o papel submisso da mulher na sociedade ou os casamentos entre famílias nobres. Mas, contradizendo tudo o que lhe foi embutido no passado, a sua mãe fez algo impensável, casou repentinamente com um Lord residente na Cornualha que é, nada mais, nada menos, que o oposto de tudo o que a mãe sempre lhe incutiu.
Chegada à nova terra de sua mãe, tão diferente dos palcos de Paris ou Londres onde sempre estiveram juntas, Cleo ver-se-á forçada a abrir-se para uma estranha família onde é indesejada, uma família que ameaça a recente estabilidade obtida pela mãe e, acima de tudo, uma família que a desafiará a descortinar um passado que vive entre as paredes de Landrake Hause, uma casa repleta de ilusões e segredos que não se deveriam ousar sussurrar.
Cleo irá quebrar todas as regras, a seu lado terá o cavalheiro Fitz, um fiel conselheiro. e juntos farão com que os Landrake nunca mais sejam os mesmos.


É num cenário místico que remonta ao princípio do século XX que Elizabeth Edmondson escolheu envolver os seus leitores numa teia de paixões proibidas e vidas nubladas por um passado e presente recheados de elegância e extravagância. Dos seus personagens ao ambiente quase surreal, que gira em toda a aldeia em que se passa a acção, esta é uma história de costumes, de disfarces e acima de tudo de mistério onde nem tudo o que parece, realmente, o é.

Adorei estes personagens ficcionais, repletos de carácter e discrepantes entre si, todos eles marcam uma época de dor e de medo em que a luxúria e o requinte disfarçavam as mágoas e, em que, a educação andava lado a lado com a audácia e hipocrisia em nome de um bem maior, a imagem, do estatuto social. Cleo é sem dúvida o pilar de toda a narrativa, com uma personalidade forte, curiosidade aguçada e um sentido de humor singular é a sua inteligência que conduz o leitor a percorrer os caminhos que nos levam a conhecer o passado de Landrake.

A história, apesar de não ter definida uma separação, distingue-se entre acontecimentos marcantes na primeira Grande Guerra Mundial, que tocou profundamente a família Landrake, e o presente que sofre as conclusões desse passado. Durante toda a narrativa está presente a sensação de uma tragédia, que quer aflorar, mas que devido a uma intocável capa que cobre os intervenientes, neste momento, apenas os persegue como uma sobra, provocando um clima de má superstição que aguça ainda mais a curiosidade do leitor a cada capitulo breve.

No que diz respeito ao cenário onde decorre esta peça, quase teatral, este é perfeito. Apesar do seu lado campestre, a Cornualha, oferece todo o requinte exigido aos protagonistas, com pomposas mansões de arquitectura Isabelina onde facilmente nos podemos perder entre as suas paredes, aumentando uma vez mais a sensação de macabro e provocando um lento suspense que acresce a cada momento que passa e a cada nova peça do puzzle descoberta para desvendar esta curiosa família.

No que diz respeito à escrita de Elizabeth Edmondson, esta é elegante e cativante conseguindo proporcionar não só fluidez na leitura como uma alimentado um crescente prazer pela descoberta de algo mais a cada página. Entre o romance, o mistério e uma breve alusão ao fantástico esta é uma leitura que está muito perto do considerado “romance histórico” ainda que modernizado. A autora oferece ainda momentos de reflexão sobre os mais variados temas como é caso a independência feminina, adultério e a forma como as diversas famílias nobres intervirão proactivamente em períodos de guerra.

Uma leitura encantadora, que não deixará as mais ávidas leitoras desiludidas, muito pelo contrário, irá surpreende-las de forma muito positiva, cativando-as e esmiuçando-as a querer descobrir um pouco mais sobre uma época tão recente mas que, ao mesmo tempo, parece tão distante.
Quanto à autora conta já com diversos livros publicados pela Asa que são, sem dúvida, novas histórias a descobrir. Eu da minha parte sinto-me plenamente satisfeita e desejosa de um pouco mais de Elizabeth Edmondson para breve.


Não percam a decorrer até dia 17 (amanhã), aqui no blogue, o passatempo que vos poderá permitir ganhar um exemplar deste livro.

Título: Uma Mansão Na Bruma
Autora: Elizabeth Edmondson
Género: Romance
Editora: Edições ASA

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