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A Elphaba...

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segunda-feira, 21 de maio de 2012
Sinopse:
Jocelyn Minton é uma mulher dividida entre dois mundos. A mãe estudou em colégios particulares e frequentava as melhores salas de chá, mas acabou por casar com o biscateiro local.
Joce tinha apenas cinco anos quando a mãe morreu e, quando o pai volta a casar, a criança sente-se mais só do que nunca - até que conhece Edilean Harcourt, que, apesar de já não ser uma jovem, compreende Joce melhor que ninguém.
Quando Miss Edi morre, deixa à amiga todos os seus bens, incluindo uma histórica mansão do século XVIII e uma carta com pistas para a jovem decifrar um mistério que remonta a 1941. Na carta, Miss Edi também revela que encontrou o homem perfeito para Joce, um jovem advogado. Joce fica chocada ao saber que a mansão e o futuro amor da sua vida se encontram em Edilean, de que nunca antes ouvira falar. Curiosa perante esta reviravolta do destino, Joce muda-se para a pequena cidade, decidida a dar um novo rumo à sua vida.
Em Edilean, todos conhecem a história da jovem e já delinearam o seu futuro, incluindo o homem com quem se deverá casar. Acontece, porém, que Joce tem as suas próprias ideias acerca do homem que terá de conquistar o seu coração e o que fazer aos segredos que ninguém quer ver divulgados. Mas, quando estes se revelam parte da sua própria história, o certo é que a vida parece ganhar uma nova cor...
Em Jardim de Alfazema, Jude Deveraux retrata as paixões, as intrigas e os segredos de uma pequena cidade e dá início a uma extraordinária série centrada em Edilean.


Entre as muitas formas de distribuir e retribuir amor, a amizade é, possivelmente, a mais inconstante, a que mais nos rouba e gratifica, por breves ou longos períodos de tempo, deixando uma única certeza, a de que é fundamental. Ela teve o gosto e a alegria de conhecer esse afecto ainda na sua mocidade, e de o levar consigo até ao fim, mas os frutos, dessa amizade, foram colhidos maduros, quase tocados, e no final vieram a revelar-se amargos na incerteza de que apesar do amor, da estima, possam ter falhado alguns primores da sua essência.

Jardim de Alfazema foi para mim mais do que uma simples história de amor. Entre as suas páginas sussurrou-me segredos de uma época de guerra que culminou em paixão, confidenciou-me revelações inesperadas e demonstrou, através das suas personagens, muitas formas de se reverenciar aqueles de quem nunca estamos demasiado perto.  
Jude Deveraux tem uma escrita muito bonita que prima pelas descrições e pela forma como nos mantém em suspense por entre mistérios e enigmas das muitas vidas entrelaça ao longo da sua narrativa. A autora procura a beleza nas coisas simples e foi quase sem que eu me apercebesse que me roubou uma lágrima e enterneceu o meu coração.

Não são raras as vezes em que sinto a ânsia de mergulhar num romance, a vontade imensa de me perder na doçura das palavras que nem sempre ouso dizer mas que me sufocam com uma vontade sincera de sentir as muitas maneiras que existem de distribuir emoção, Jardim de Alfazema foi assim, uma janela para comoção que só lamento ter deixado demasiado tempo na estante por abrir.

Oferecendo-nos um passaporte para tempos conflituosos, através de vivências actuais ludibriadas, Joce tem uma inocência pouco comum para a sua idade que irá despertar ao conhecer Luke. Ela é uma mulher doce que, motivada pelo desejo de descoberta, se embrenhará em desígnios passados enquanto luta, no presente, pelo seu próprio coração e persegue os mistérios de uma herança agridoce.
Luke, por seu lado, é o tipo protagonista que nos atrai facilmente, assim como o seu primo Ramsey, no entanto ambos nos deixam a sensação que algo não bate certo perlongando até ao fim do livro o desejo que se envolvam, sempre e um pouco, mais para que possamos descobrir todos os seus segredos.

Para lá do núcleo central de personagens esta narrativa é muito rica no que respeita a intervenientes secundários, como é o caso de Tess, Sarah ou David que, apesar de diferentes, contribuem em igual medida para pontuar o enredo de peripécias e diferentes humores, assim como pequenos mistérios muito próprios de uma comunidade fechada e perdida num paraíso idílico. Sinceramente espero ainda vir a reencontra-los, a todos eles, para descobrir o que o futuro lhe reservou nesta série centrada na prodigiosa Edilean.

Um pormenor crucial, e que marca o livro e todos os que dele fazem parte, são as pistas deixadas por Edi, elas são um pequeno tesouro enterrado por aqueles que deixaram apenas fragmentos de histórias e elevam este romance a um novo patamar que, tenho a certeza, conseguirá surpreender-vos totalmente, da mesma forma que me maravilhou a mim.

Pessoalmente considerei que um dos trunfos desta história é a sua versatilidade que consegue alcançar um publico muito diversificado de leitores de romances pois, apesar de nos apresentar uma narrativa actual e com personagens modernas, consegue também levar-nos a percorrer momentos históricos marcantes oferecendo através destes um pouco mais de amor. Eu da minhas parte admito que ri com prazer na mesma medida em que senti um aperto na garganta repleto de comoção por tudo aquilo que nunca chegou a ser.


No respeita a Jude Deveraux gostei da sua criatividade que desperta nostalgia com a mesma facilidade com que faz nascer sorrisos fáceis e leves com um humor que faz parte de cada um de nós. Os seus cenários e o ambientes fascinantes e são outro dos motivos que nos prendem até ao final deste livro que me provocou palpitações à flor-da-pele e uma imensa vontade de continuar a descobrir o muito que esta autora ainda tem para oferecer.

Este é o primeiro livro de uma série centrada na peculiar Edilean que conta já com três títulos publicados dos quais fazem parte Perfume de Paixão e Dias de Ouro e, ainda este mês, ficará disponível Desejos do Coração pertencente à mesma série. Esta é uma grande aposta Quinta Essência que sugiro sem restrições a qualquer leitora desde género mais feminino. Gostei.

Título: Jardim de Alfazema
Autora: Jude Deveraux
Género: Romance
Editora: Quinta Essência 

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