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A Elphaba...

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sinopse:
O novo livro de Nancy Thayer é o livro perfeito para ler à beira-mar. Luminoso, comovente, terno e inspirador, A Casa dos Dias Felizes tem nas suas páginas a essência do verão: dias intermináveis e verdadeiramente felizes. Centrado na história de três mulheres em busca da sua própria felicidade, o novo livro de Nancy Thayer prova que é possível estreitar laços, mesmo quando tudo parece perdido. Juntando três gerações de mulheres fortes, cada qual debatendo-se com decisões cruciais, A Casa dos Dias Felizes mostra-nos que, independentemente dos caminhos por onde a vida nos conduz, o amor arranja sempre forma de nos guiar até casa.

Quando penso no livro A Casa dos Dias Felizes visualizo-o como uma grande árvore, que se caracteriza através casa de praia do clã Wheelwrigth, com uma raiz forte, Nona, que ao longo dos anos observou o desabrochar dos seus frutos muito variados, provenientes de várias épocas, como Helen ou Charlotte, mas todos sedentos de uma única estação, o Verão, para finalmente poderem amadurecer plenos enquanto aguardaram pela verdadeira oportunidade de saborear a felicidade.  

Muito condensada nas recordações e nos afectos, esta narrativa explora profundamente os laços de sangue que unem uma família desigual mas que, no seu todo, é rígida pelos mesmo valores e preceitos. No entanto, embora grande parte desta irmandade preze acima de tudo o bem-estar e a sua ligação, os tempos são mudança e com o evoluir da liberdade esta história permite-nos verificar as alterações que vão sofrendo com o tempo, com o crescimento e com a força de vontade que será necessária por parte de cada um para manter a união que dá sentido à vida da quase centenária Nona.

Os seus protagonistas, que pela sua disparidade nos permitem abordar diversas questões de interesse, caracterizam-se pelo seu desejo ou conceito de felicidade enquanto exploram, de forma actual, os dilemas e proveitos de relações diversificadas onde muito tem de ser perdoado mas nada ficará esquecido. Da homossexualidade ao divórcio, passando pelo matrimónio regular que contrasta com a ausência deste, muitos são os ramos desta árvore que vão expandindo e fundindo as suas raízes no decorrer da estação quente, que fervilha de recordações e emoções presentes, onde o passado e o futuro colidem num segredo, numa verdade, que pode ser para todos a chave para a felicidade.
Nona, Helen e Charlotte, avó, mãe e neta, são as personagens que mais se destacam ao longo das páginas permitindo que o leitor observe a evolução e os conflitos que moldam as suas gerações, que moldam a forma como todas elas lidam com os seus problemas e de como, sem excepção, anseiam pelo mesmo, existindo a noção perfeita da passagem do tempo, existindo a noção perfeita de como as emoções permanecem inalteradas.  

O cenário onde se desenrola a acção é crucial sendo o elo que permite verificar as distorções, as diferenças e as igualdades no decorrer de dias onde o ser humano é esmiuçado intimamente tendo, como ponto fulcral, o amor como a resposta para todas as dúvidas, o amor a uma terra, à família, aos seus pares e aos que chegam de fora, um amor que perdura de forma eterna e para sempre através do sangue e daquilo que somos intimamente. Algo que marca profundamente esta obra.  

Este livro, focado numa casa, é cuidado em significados começando pelo próprio título e visa, no seu todo, mostrar que a felicidade pode estar retida dentro de cada um nós restando-nos aceitar o próximo e retirar daí o maior partido para os nossos próprios sorrisos.

Nancy Thayer tem uma escrita magnífica, rara, muito rica na utilização da palavra e na transcrição das emoções que pretende transmitir.
As suas descrições, de ambiente e sentimentos, são um bálsamo para quem procura encontrar uma leitura gratificante capaz de aludir à reflexão sobre a falibilidade e grandiosidade que existe nas relações de quem nos rodeia.
Um romance perfeito para ler, em especial, nos finais de tarde quentes mas que, creio, aquecerá corações em qualquer altura do ano marcando pela diferença o que é realmente importante e apaixonando as leitoras de romances.

Eu gostei muito deste livro, das suas personagens, dos pequenos mistérios e da forma como consegui apreciar o desenvolver das emoções que tomaram conta do clã Wheelwrigth.
Gostei, em particular, das recordações de Nona que permitiram um desenlace extraordinário na mesma medida em que me transportaram para a Segunda Grande Guerra o que confere ao texto um outro valor pelas questões abordadas que, de certa forma, sustentam o presente através passado que atinge as gerações vindouras a que Nona agora assiste, quase impotente, florescer.
Um livro que, sem dúvida, preencheu todos os requisitos para mim que procurava ler sobre muitos dos inúmeros significados da palavra amor e que me deixou saudade de uma escrita encantatória que farei por rever em breve em A Praia da Memória já publicado pela mesma chancela. 

Mais uma brilhante aposta da Noites Brancas, pertencente à editora Clube do Autor, que tive oportunidade de ler e que me deu um prazer imenso. Sugiro, sem qualquer restrição, às leitoras de romances e histórias de vida… Não se irão desiludir.

Título: A Casa dos Dias Felizes
Autora: Nancy Thayer
Género: Romance
Editora: clube do Autor – Chancela Noites Brancas

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