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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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quarta-feira, 29 de maio de 2013
Sinopse:
Anna e Bennett nunca deveriam ter-se conhecido. Porque haveria isso de acontecer? Anna é uma jovem de 16 anos em 1995, ferozmente determinada a assegurar uma bolsa de estudo de desporto, para poder sair da sua cidade pacata e enfadonha e finalmente viajar pelo mundo. Bennett tem 17 anos em 2012, vive em São Francisco e tenta controlar a sua capacidade de viajar pelo tempo - um dom incrível mas também uma maldição imprevisível, que constantemente ameaça separá-lo das pessoas que ama. Quando um pequeno erro de cálculo coloca em perigo a sua irmã Brooke, Bennett dá por si a três mil e duzentos quilómetros e dezassete anos de distância - no mundo de Anna. Enquanto procura por Brooke, Bennett é atraído de modo estranho e inevitável para Anna, mas, por mais desesperado que Bennett esteja para ficar com Anna, a sua incontrolável situação irá inevitavelmente mandá-lo de volta ao lugar a que pertence - e Anna ficará sozinha, presa no tempo que os separa.

Existirão, certamente, mil e uma vezes mil e uma histórias de amor. O amor como uma fé, que é senhor de todas as causas. O amor que não se perde com a idade e que continuamente floresce. O amor que morre, mas que nunca se esquece. O amor como algo maior. O amor entre homens e mulheres, homens e homens, mulheres e mulheres. O amor à família, aos amigos e aos donos dos nossos afectos. O amor comum às pequenas coisas que rivalizam com as grandes. E depois existe o amor de Tamara I. Stone, um amor intemporal, um amor entre o presente e o passado que, não sendo uma novidade no campo literário, é simples e credível na forma como se desenvolve e envolve o leitor, que o reconhece e se revê na ficção, se revê num amor nascido do maravilhoso e cimentado no tempo certo, como deve ser e crescer qualquer forma de amar.

Embora O Tempo Entre Nós seja uma fantasia comum, pueril, pelo meu parágrafo inicial é fácil compreender que eu, enquanto leitora, encarei esta narrativa acima de tudo como um romance. Um dos motivos tem que ver, provavelmente, com a forma como as personagens se conhecem e desenvolvem a sua relação, e a outra razão prende-se com o tempo espacial em que decorre o enredo, nos anos de 1995 e 2012, anos em que eu vivi, amei e cresci, anos em que a verdadeira magia brotou da aquisição de humanidade e das emoções que desta fazem parte.

Quanto à história propriamente dita, pouco ou nada quero adiantar porque a sinopse já diz muito, ainda assim, em linhas gerais, esta trata a relação entre dois jovens que se apaixonam. Infelizmente, um destes jovens sabe que a relação de ambos está condenada ao fracasso porque ele, Bennett, é um rapaz peculiar que vive na actualidade, 2012, e tem a capacidade de viajar no tempo, mas conheceu-a a ela, Anna, no seu passado, em 1995, no ano em que nasceu. Ou seja, ele está com ela porque não se encontra no seu presente e terá de escolher entre duas vidas e as infinitas possibilidades e contrariedades que ambas lhe proporcionam.
Eu sei que parece um pouco confuso, mas durante a narrativa e com o encaixar das peças do puzzle, este texto acaba por fazer bastante sentido e tornar-se apelativo, principalmente, pelas singularidades e reflexões que oferece.

Tal como muitos outros livros, este é rico na diversidade de personagens que nos permite observar, sendo a família e os amigos de Anna aqueles que merecem maior atenção pelas suas interacções interessantes e típicas das massas na época em que decorre a acção. Ainda assim, confesso que me foquei mais nos protagonistas Anna e Bennett, porque a relação de ambos, embora análoga a tantas outras, é extremamente plausível de acordo com a idade e tempo em que decorre, havendo, da minha parte, uma empatia singular pela forma como se conhecem, relacionam e, previsivelmente, se apaixonam. Foi, portanto, um romance bem conseguido.
Enquanto personagens, foi para mim mais fácil gostar de Anna pela sua ingenuidade e, também, porque voltando atrás no tempo me revi nos seus sonhos, vivências e ambições. É de facto uma rapariga muito, muito querida e que no momento certo mostra maturidade satisfazendo, enquanto protagonista, os leitores mais exigentes. Já Bennett, não causou uma boa primeira impressão mas, no entanto, quanto melhor o conheci mais me encantou e, entre o fado de ambos, acabei por considera-los quase, quase perfeitos.

Relativamente ao fantástico, acho todo o conceito de viagens no tempo muito interessante e nesta narrativa isso não foi excepção. Destaco no entanto, de forma muito positiva, a abordagem escolhida pela autora para promover todas as escolhas, os perigos e as benesses que tamanho poder envolve e, definitivamente, o desenvolvimento de reflexões a partir das coisas mais simples, ainda que mágicas, que conseguem alcançar um público mais juvenil, o público-alvo do texto. É um facto, devemos ter cuidado com aquilo que desejamos.

Uma nota ainda para os pormenores, em particular para todas as agradáveis referências à cultura pop da época, uma vez que a maior parte do texto decorre em 1995. Podem não parecer nada, mas as alusões culturais durante a aventura deste jovem casal enriquecem realmente o livro e não podia deixar de as referir.

Esta é, portanto, uma narrativa que agradará não só aos leitores de fantasia, que aqui é bastante leve, mas em especial aos leitores de romance Young Adult que ao longo do folhear, entre a banalidade e o extraordinário, redescobriram a paixão.

Tamara Ireland Stone tem uma escrita simples mas cuidada e aprazível para alcançar um extenso leque de leitores de várias idades.
As suas descrições, quanto a cenários, são breves e, a meu ver, poderiam ser mais pormenorizadas. Ainda assim é notável o seu esforço e este acaba por revelar frutos, ao expressar as sensações e emoções, muito bem conseguidas, tal como em relação às caracterizações dos seus intervenientes.

Pessoalmente este foi livro que, embora tenha gostado, deixou algumas dúvidas e, desta feita, esperava um pouco mais. No entanto, sei que vai haver continuação, com o título Time After Time (no original), que provavelmente responderá a todas as minhas questões sendo, assim, uma leitura que não vou perder.
Importante ainda referir que os direitos desta história já estão vendidos para o cinema, ou seja, mais um filme que será certamente obrigatório para esta leitora.

Esta é mais uma publicação especial da ASA que pertence à colecção Livros com Sentido, que tantas leitoras tem conquistado, e que, sem qualquer restrição, recomendo a todos os que gostam de uma história peculiar e dedicada ao coração.


Título: O Tempo Entre Nós
Autora: Tamara Ireland Stone
Género: Romance, Fantasia
Editora: ASA

8 comentários :

Vera Carregueira disse...

tenho mesmo de ler este livro...

Anónimo disse...

Eu tb gostei muito, mas o livro só me agarrou quando chegou ao melhor, quase no fim. Antes disso não me estava a agradar a tradução com tanto "passei-me", "passaste-te", "passei-me dos carretos", até "nhanha" aparece no texto. Achei muito má a escolha de algumas palavras. E tudo bem que se tratava de 1995 mas o termo "passar-se" é muito mais desta época. Os personagens são um pouco superficiais e eu não consegui apaixonar-me pelos dois. Gostei deles mas não me arrebataram. Senti falta daquela paixão assolapada da adolescência e não a senti neles. Mas a parte final em que a autora monta todo o puzzle e finalmente entendemos as primeiras cenas, inclusive aquela em que ele aparece sentado na bancada a vê-la correr, está genial. Mas achei que o livro teve altos e baixos e os dois primeiros terços foram desequilibrados face ao final. Constato isso com pena porque daria um livro ainda mais fantástico apesar de eu não ser grande fã de YA.

Mil Estrelas disse...

Estava indecisa mas depois da tua opinião vou querer ler. Beijinhos

Elphaba disse...

Olá Vera, tens mesmo de ler. É um livro diferente *.*

Anónimo,
Não sei se concordo contigo, admito que algumas palavras se repetiram mas não senti grande diferente a nível de vocabulário para o que utilizava na época em questão. E sim, eles são adolescentes maduros (mas penso que o crescimento individual é sempre discutível). Mas pronto, no final gostaste e isso é bom, certo?
*Eu adoro YA*

Mil Estrelas,
Espero que gostes tanto ou mais que eu.

Beijinhos a todas/os e obrigado por terem passado por cá.

Boas leituras!

Anónimo disse...

Eu gosto de ser crítica com os livros que leio mesmo quando gosto deles e por isso é que apontei todas aquelas coisas que achei menos boas. :) Este livro para mim tem lacunas, mas pela forma como me respondeste esperava que tivesses gostado mais do livro do que eu gostei. A tua review acaba por passar essa ideia mas depois quando vamos ao goodreads constato que eu dei 4 estrelas e tu que defendes tanto o livro deste 3. LOL Alguma coisa não bate bem. LOL

Elphaba disse...

Anónimo (é estranho não saber com quem falo... lol)

A verdade é que eu sei ser crítica, faz parte da minha área, mas não é essa a minha intenção.
Eu prefiro reafirmar o melhor de cada história e o seu público-alvo - afinal o meu blogue tem um cariz comercial.
O que eu faço, ou tento fazer, é dizer a cada leitor aquilo que pode encontrar no livro, ou seja, analisa-lo o melhor que posso. Se é bom ou mau, para a minha pessoa é irrelevante, tem é de ser bom para quem leu com a perspectiva de encontrar aquilo que eu citei na minha opinião. Confuso?

Boas leituras * Beijinho

Anónimo disse...

É o problema das reviews nos blogs. Quem lê as opiniões gosta de saber o que é que o autor do post sentiu, não ler um post politicamente correto em que não se percebe se o livro é bom ou não. Não há mal nenhum em dizer gostei mais ou menos ou não gostei. Afinal somos todos pessoas e todos diferentes e por isso é interessante conhecer o ponto de vista uns dos outros. Eu geralmente prefiro o goodreads e as redes sociais onde os livros aparecem classificados com estrelas. Quanto a isso não há quaisquer dúvidas. Já vi opiniões em blogs e opiniões no goodreads escritas pela mesma pessoas mas bem diferentes. o.O E opiniões que parece que a pessoa amou o livro e depois tem 2 ou 3 estrelitas no goodreads. Então prefiro fiar-me nas estrelas do que nos blogs. Creio que isto acontece por causa das ben(ou mal)ditas parcerias com as editoras.

Elphaba disse...

Anónimo (*Quem és, quem és… e porque será que não te identificas?* LOL)

Em relação às minhas opiniões, são assim há mais ou menos dois anos e meio e estou satisfeita com o método que optei utilizar para as mesmas, não escondo o projecto que tenho e o que defini oferecer ao leitor deste espaço semicomercial.

Existe efectivamente quem pense como o Anónimo, e goste de saber o que quem escreve sente, e há, felizmente, quem me envie emails a agradecer o facto de eu especificar o que de positivo o público-alvo de um livro poderá descobrir, encontrar, com a sua leitura. Assim como, também não há qualquer problema em afirmar-se a sua opinião a respeito de determinada leitura e, felizmente, que há blogues que o fazem exclusivamente (assim como eu indico, regra geral, pelo menos no final das minhas opiniões uma nota pessoal, tal como nesta onde o Anónimo comenta).
Exemplo «Pessoalmente este foi livro que, embora tenha gostado, deixou algumas dúvidas e, desta feita, esperava um pouco mais.»).

E mais afirmo, é por sermos todos pessoas diferentes que eu não dou primazia ao que eu, enquanto individuo único, gosto porque nem todos têm de gostar do mesmo que eu. O que não invalida que muitas vezes, e já aconteceu muitas vezes em “As Histórias de Elphaba”, eu realize opiniões de cariz mais pessoal, o que acontece quando gosto muito ou muito pouco de uma história.

E, que poderei dizer-lhe... ainda bem prefere classificações numéricas, eu da minha parte não consigo ser tão redundante face à diversidade literária existente muitas vezes incomparável.

Se desejar continuar a discutir estas e outras questões que em nada têm que ver com o post, mas sim comigo enquanto fazedora de opiniões, sugiro que o faça para o contacto disponível, historiasdeelphaba@gmail.com, caso contrário serei obrigada a deixar de responder. Terei todo o prazer em explicar-me pormenorizadamente o meu ponto de vista, bem como dar maior atenção ao seu.

Atá lá, desejo-lhe votos de boas leituras.

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