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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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sábado, 12 de outubro de 2013

Sinopse:
Liza quer casar-se. Não tem ninguém em mente, mas atrair homens interessantes nunca foi difícil para si. O problema é que não consegue manter-se interessada neles depois de os conquistar.
Dulcie acha que o casamento é uma chatice. O seu marido até é lindo, espirituoso e charmoso, mas Dulcie quer desesperadamente mais emoção na sua vida e está decidida a divorciar-se.
Pru tem tanta autoestima como uma esfregona de chão. Adora o marido aventureiro e não consegue imaginar a sua vida sem ele. Mas conseguirá manter o casamento?
Que planos matreiros e maliciosos tem o destino, para três amigas que acham que sabem o que querem?

Há muito, muito tempo que não me divertia tanto a ler um livro! Depois de folhear algumas obras de Jill Mansell interessantes, mas muito distantes do seu verdadeiro potencial, finalmente deparei-me com aquela que é para mim a melhor história da autora que tive o prazer de ler até hoje – Paixões Agitadas.

As hilariantes protagonistas, Liza, Dulcie e Pru, fazem resoluções de Ano Novo bastante drásticas mas carregadas de esperança de que, a curto prazo, as suas vidas venham a ser mais preenchidas. Uma quer casar, a outra divorcia-se e a terceira apenas manter o seu casamento. Simples? Obviamente que não! Pelas palavras de Jill isto é um cocktail perfeito que tem tudo para dar errado, para plena satisfação do leitor.

Com o ponto de partida definido, as peripécias multiplicam-se em catadupa ao longo deste enredo feito de palpitações, de momentos com dramas de chorar a rir, de momentos onde a paixão floresce fulminante e destinada ao fracasso. 
Uma coisa é certa, esta história reúne o que de melhor se pode encontrar numa comédia romântica, um género delicioso capaz de espelhar verdades difíceis de aceitar com uma leveza extraordinária que, neste caso em particular, me prendeu até ao seu final previsível e, ainda assim, absolutamente irresistível – queria mais.

No que respeita a personagens principais, estas têm em comum a idade, uma amizade profunda de longa data e o desejo de serem felizes por caminhos distintos. No entanto é nas diferenças que, em minha opinião, elas se tornam realmente atraentes, diversificando o estereótipo feminino que representam e conseguindo alcançar uma maior familiaridade com o público.

Pru, que deseja apenas manter o seu casamento, é a mais contida das três amigas. Submissa no seu casamento e por norma regrada, esta mulher perderá a estabilidade e terá de se reencontrar da forma mais difícil. É o espelho de quem teve tudo e que tem, em determinado ponto da vida, de renascer do nada – um cenário cada vez mais comum nos nossos dias. Liza, por sua vez, é uma fabulação contida do que muitas mulheres gostariam de ser; roliça, com um emprego de sonho e um poder de atracção acima da média. Infelizmente esta personagem não consegue ter o relacionamento duradouro porque tanto anseia mas, como devem prever, o decorrer da sua história tratará de lhe ensinar a controlar as suas emoções voláteis de uma forma bastante inesperada. E, por fim, aquela que foi a minha personagem favorita da narrativa, Dulcie - ao contrário das suas amigas ela quer divorciar-se. O seu humor cáustico, a sua superficialidade e a sua personalidade são algo de transcendentemente maravilhoso! Erra muito durante todo o texto, mais do que eu poderia imaginar, mas isso só a torna mais especial. Em poucas palavras, ela representa todos os que só dão valor algo depois de o perderem.

O número de personagens secundárias é elevado e, não podendo nomeá-las a todas, é importante citar que Jill descreveu caricaturas para todos os gostos. Do machista e mulherengo ao tímido e trabalhador, passando pela senhora perfeição, o resmungão do lado, a descarada e uma quota-parte de mexeriqueiras de serviço.


Das várias problemáticas interessantes abordadas, destacam-se todas as questões relacionadas com o casamento e as suas nuances, assim como o preconceito relativo a diferenças de idades nas relações afectivas. Estão ainda implícitas algumas criticas, obviamente, mas creio que é o tom de sátira da autora e o entretenimento que proporciona que mantém um virar de páginas viciante.

Jill Mansell é uma das minhas eleitas na estante pela forma como consegue abstrair-me e divertir-me quando realmente preciso, e Paixões Agitadas é a prova perfeita disso mesmo, neste sentido, tenho a certeza que dará um novo folgo às suas sequiosas fãs. A sua escrita, como sempre, dá primazia aos diálogos e aos intervenientes, desiguais e viperinos, algo que a sua criatividade realiza na perfeição.

Sumarizando, esta é uma história que fará rir muito os seus leitores, com as suas personagens caricatas e momentos hilariantes, onde se encontra verdades duras expressas com ligeireza, com as palavras de alguém procura oferecer instantes de felicidade.

Uma aposta da Saída de Emergência, da sua chancela Chá das Cinco, direccionada para o público feminino e os curiosos sobre mulheres.


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Título: Paixões Agitadas
Autora: Jill Mansell
Género: Comédia, Romance


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