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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sinopse:
A maior parte dos miúdos faria qualquer coisa para passar na Prova do Ferro. Mas não Callum Hunt. Callum quer falhar.
O pai ensinou-o a desconfiar da magia e explicou-lhe que o Magisterium, a escola onde os aprendizes de Magos são treinados, é uma armadilha fatal.
Callum tenta fazer o seu melhor para ser o pior de todos os candidatos – mas não consegue falhar.
Superada a Prova do Ferro, não lhe resta outra opção, senão entrar para o primeiro de cinco anos de aprendizagem no Magisterium – um lugar povoado de memórias e de abismos, onde a herança negra do passado nunca está longe e o futuro é um caminho sinuoso na direcção da verdade.
A Prova do Ferro foi apenas o início, porque o verdadeiro teste ainda está para vir…

E, de forma inesperada e maravilhosa, voltei a um dos sonhos que povoou o meu imaginário juvenil.
Magos, uma escola repleta de segredos e feitiços, alimentos tão estranhos quanto saborosos e mistérios segredados impregnados de mal e com um travo a sangue, são os traços que, eximiamente produzidos, caracterizam o Magisterium, a novíssima e deliciosa série de fantasia criada pelas palavras de Cassandra Clare e Holly Black – dois fenómenos internacionais neste género literário.

A Prova do Ferro, o primeiro de cinto títulos previstos neste universo de magia, foi um retorno a lembranças felizes e, apesar das evidentes pontes que estabelece com o caríssimo Mr. Potter, confesso-me surpreendida pelo ritmo veloz da acção, tão ao estilo de Clare, e o ambiente sombrio, que sei ser um marca de Black, factores que principiam e prometem muitas e novas aventuras para miúdos e graúdos, sequiosos de valores intemporais e de fantasia no seu contexto mais tradicional.

Para lá de uma apresentação dos protagonistas, Call, Aaron e Tamara, esta obra inicial mostra-nos um mundo paralelo ao dos comuns mortais e a dificuldade de o manter em segredo, apresentando-nos as suas cruas e difíceis regras e revelando mil e um pormenores entre momentos de grande tensão, com a inocência e a coragem inerentes à idade das personagens.
A Prova do Ferro é, como o próprio nome indica, uma prova que tem de ser ultrapassada por todos os que possuem magia para poderem entrar no Magisterium – escola que dá nome à série –, se quiserem ter a oportunidade de controlarem os seus poderes. E, como elucida a sinopse, é também aquilo que Call menos deseja depois de o seu pai, um mago, lhe ter alimentado uma espécie de aversão aos seus iguais. No entanto, quanto mais se esforça para chumbar na prova maiores são as possibilidades de alcançar o tão ambicionado lugar de muitos outros e quanto mais conhece sobre a sua verdadeira história mais dúvidas terá em relação ao seu verdadeiro lugar.
Nada é o que parece e depois entrar no lugar encantado tudo pode acontecer.  

É muito difícil falar-vos sobre os protagonistas deste enredo sem cometer spoiler, pois estes são um reflexo da história singular que marca a infância de cada um – tem 12 anos, ainda não têm uma identidade definida. Assim, para lá da coragem e inocência que citei anteriormente, Call destaca-se por um espírito derrotista que contraria com um humor cáustico delicioso, já Tamara é muito decidida e inteligente, uma menina esforçada e ambiciosa disposta a dar o melhor de si sempre enquanto Aaron, por sua vez, é típico bom samaritano que todos os meninos deveriam ser. Eles são, numa apreciação geral, um grupo desigual que se une pelo acaso e acaba por se complementar de forma muito saudável, algo que aliado à amizade que vão semear reflecte as bases mais importantes, deste valor tão relevante na adolescência.
Existem ainda outros intervenientes secundários de relevo mas, como não me desejo estender no meu comentário, falarei dos mesmos numa próxima opinião.

Quanto ao universo fabulado, gostei muito da forma como esta sociedade está estruturada, com as definições de benevolência e de maldade muito claras mas com espaço para as sombras dependentes das escolhas de cada um. E gostei, igualmente, do próprio Magisterium, da sua hierarquia, das suas criaturas mágicas, doces ou assustadoras, e dos seus cenários maravilhosos, cuidadosamente descritos para dar a ver o impossível.

Todo o enredo está, de forma efectiva, trabalhado num ambiente de segredo e no final deste livro ainda muito ficou por revelar. Creio, no entanto, que vale a pena reafirmar aquilo que é inicialmente exposto como princípios cruciais para a sobrevivência e evolução destes jovens e que, claramente, pretende ser passado para o seu público-alvo, a amizade por oposição ao bullying, o espírito de entre ajuda ao invés do destaque singular e o respeito pelo próximo, necessário para a convivência entre pares na escola. 

Em suma, este é exactamente o tipo de história que eu não hesitaria em oferecer aos mais jovens pela importância de todos os seus valores, assim como seria a escolha perfeita para os fãs de uma escola de magia que ficou perdida nas memórias de milhões. É uma história que é, ainda assim, uma promessa de algo diferente e que conseguirá agarrar da primeira à última página.

Quanto à escrita das autoras, eu já conhecia Cassandra Clare e é possível ver o seu toque peculiar nos diálogos, na construção da protagonista feminina, assim como noutros intervenientes. Já Holly Black foi uma estreia para mim e não vos sei dizer até que ponto vai a sua influência, sendo certo, no entanto, a química entre ambas com um bom resultado final, visível nas descrições, bem como no ritmo em que são revelados segredos e é trabalhada a acção.

Esta é uma excelente aposta da Planeta Manuscrito que, com absoluta certeza, fará brilhar os sapatinhos de todos os fãs de magia juvenil.


Título: A Prova do Fogo
Autoras: Cassandra Clare & Holly Black
Género: Fantasia; Juvenil


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