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A Elphaba...

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sábado, 9 de maio de 2015

Sinopse:
Em Cress temos três histórias paralelas: a continuação das aventuras de Cinder e Scarlet que se cruzam com Cress, uma jovem presa num satélite desde a infância.
Cinder e o capitão Thorne estão escondidos com Scarlet e Wolf. Juntos, conspiram para derrubar a rainha Levana e impedir o seu exército de invadir a Terra.
A sua melhor esperança é Cress, uma jovem presa num satélite desde a infância e que apenas tem os netscreens como companhia. Todo este tempo passado a olhar para os ecrãs fez dela uma excelente hacker. Mas infelizmente, é obrigada a trabalhar para a rainha Levana, e recebeu ordens para localizar Cinder e o seu bonito cúmplice.
Quando o ousado resgate de Cress corre mal, o grupo desmembra–se. Cress obtém por fim a liberdade, mas com um preço mais elevado do que jamais pensou. Entretanto, a rainha Levana não vai deixar nada impedir o seu casamento com o imperador Kai.
Cress, Scarlet, e Cinder podem não ter sido designadas para salvar o mundo, mas são a única esperança do mundo.

*Esta opinião pode conter spoilers para quem não leu nenhum livro da série.*

Eu já era apaixonada por este mundo extraordinário, distorcido e repleto de elementos fascinantes, mas neste livro Marissa Mayer superou-se de todas as formas e eu estou, completa e absolutamente, rendida a esta história. Dito isto preparem-se, porque esta vai definitivamente ser uma opinião efusiva, repleta de entusiasmo e com muitos e merecidos elogios.

O melhor que se pode oferecer a uma fã de fairy tale retellings são vários num único enredo e, felizmente, esta história consegue conciliá-los na perfeição e de forma tão inovadora quanto original. Depois de Cinder e Scarlet, é tempo de encontrarmos Cress, a Rapunzel do futuro, no mais improvável dos locais, que inteligentemente se juntará às anteriores protagonistas trazendo mais acção e aventura para a narrativa, bem como uma boa dose de merecido romance principesco que fará acelerar muitos corações.

Ela dança e rodopia para fugir ao medo e o seu cabelo, como um apêndice, é um longo, loiro e pesado par numa solidão infinita, repartida com um chip de personalidade e dezenas de netscreens que actualizam em relação ao universo exterior. Em segredo vê os seus sonhos e aquele que acredita ser o seu primeiro amor, vê a Terra subjugada aos caprichos da sua suposta rainha e vê a demanda de duas jovens corajosas que, acima de tudo, têm esperança, esperança como a que ela carrega de um dia viver em liberdade.
Quando surge a oportunidade, provavelmente a única, nem tudo corre bem para a doce, amável e quase inocente Cress, é como chegar ao país das maravilhas e nele estarem escondidos muitos pesadelos. No entanto, nada substitui o prazer de finalmente estar a existir, a fazer parte da vida, e esta pequena vai escolher viver por um bem maior, por tudo aquilo em que à distância sempre acreditou.

E de repente todas as personagens se superaram, dos vilões aos secundários, dos heróis às protagonistas soberbas que tornam esta história tão especial – nem sem por onde começar, juro-vos.
Cress é, como vos disse, doçura pura com uma inteligência de arrepiar. Esta miúda é um pequeno génio, um mesclar de pureza e sagacidade que me emocionou, e colocá-la a fazer par com Thorne é brilhante. Eles incorporam na perfeição as personagens do conto tradicional da Rapunzel e ficam tão engraçados juntos, é lindo…
E porque está tudo a acontecer, de forma paralela e através de capítulos intercalados, Cinder regressou no seu melhor, com os seus medos, claro, mas também com a sua coragem imensa para assumir quem é neste universo; bem como Scarlet que, embora menos presente, mexeu finalmente comigo e deixou o meu coração verdadeiramente pequenino por si.

Por outro lado, são magníficas as prestações de Levana e Sybil, duas existências vis e capazes de qualquer coisa para atingir os seus objectivos maléficos e que se equilibraram, belissimamente, com Kai, que voltou a ser o príncipe que eu desejava, e Iko que esteve brilhante, simplesmente fenomenal. É irónico como uma criatura artificial consegue fazer sentir tanto, ou mais, que qualquer ser vivo. Enfim, são tantos e todos tão pertinentes que precisaria de páginas só para divagar sobre eles; é uma narrativa muito rica.

As novidades são, como não poderiam deixar de ser, imensas, principalmente sobre a Lua e as maquinações levadas a cabo neste satélite. Como, quando e porque começou a guerra fria entre lunares e terrestres são algumas das respostas que encontrarão, bem como a revelação do papel das conchas e os primeiros sinais sobre o funcionamento dos mistérios da corte lunar.
Na Terra as revelações também se sucedem em catadupa e parte da população irá surpreender de forma positiva, com intervenientes cruciais anteriormente a terem finalmente o merecido desfecho entre momentos plenos de impacto.

Em todos os capítulos tudo se intensifica, a tensão, o nível de perigo e com ele a ameaça que paira sobre o planeta azul. E o romance, sobretudo no primeiro e terceiro casal apresentados ao enredo, é cativante e deliciosamente conciliado com a acção permanentemente, factores que prendem completamente a atenção do leitor. Embora quem lê tenha acesso a muitas respostas, novos dilemas vão aparecer para adensar a aventura e o desejo de ter o próximo título das Lunar Chronicles nas mãos, Winter, anunciado para Novembro no original, nunca foi tão imenso.


Outro ponto positivo está relacionado com os cenários idealizados. O leitor vai não só “pisar” terreno lunar, como também ter acesso a locais na terra diferentes dos que conheceu até ao momento, com novas culturas, distorcidas pelo espaço temporal, a serem apresentadas. Eu adorei o que me foi dado a ver, confesso, e a par com os desenvolvimentos nesses lugares foi tudo perfeito. Este é, para mim, o melhor livro da série até ao momento e, acreditem, não é por ter uma das capas mais bonitas que já vi.

Com Marissa Mayer no seu melhor, a sua escrita esteve também ela à altura, com diálogos que ora me cortaram o folgo, ora me puseram a suspirar pelos cantos. Sofri verdadeiramente com a história e o seu ritmo e emoções encantatórios fizeram toda a diferença.
Efectivamente dotada de uma criatividade prodigiosa, esta senhora encontrou a mim uma fã atenta que gostou tanto das suas criações científicas como do romantismo na dose certa que ofereceu ao extraordinário e embora saiba que digo isto muitas vezes, não há forma de o contornar, nesta história está tudo em aberto e o desejo de um final feliz nunca foi tão forte – tenho a certeza que Marissa irá encontrar um desfecho a altura para os seus leitores.

Esta é uma grande, grande aposta da Planeta Manuscrito que merece toda a atenção dos mais variados leitores, pois quer sejam adeptos de ficção científica ou do distinto romance esta é uma história com a capacidade de vos envolver e cativar como muito poucas.

Título anteriores:  
Cinder Opinião
Scarlet Opinião

Título: Cress
Autora: Marissa Mayer
Género: Romance; Ficção Científica


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