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A Elphaba...

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terça-feira, 30 de junho de 2015

Sinopse:
O corpo de um homem é encontrado numa casa vazia.
O seu coração foi arrancado e entregue à família.
A detetive Helen Grace sabe que esta não será a última vítima de um assassino em série. Os media chamam-lhe Jack, o Estripador, mas ao contrário: este mata homens de família que vivem vidas duplas e enganam as suas mulheres. Helen consegue pressentir a fúria por detrás de cada assassínio. Mas o que ela nunca conseguirá prever é quão volátil na realidade este assassino é. Nem o que a aguarda no final desta caça ao homem.

Eu já me tinha rendido completamente a este autor, mas depois deste segundo título, À Morte Ninguém Escapa, tenho a certeza que estou perante um contador de histórias extraordinário e que será sempre uma das minhas primeiras escolhas quando optar por um thriller psicológico.

M. J. Arlidge faz tudo bem! A sua escrita é veloz, sôfrega na ânsia de descobrir a verdade, e quase emotiva nas revelações. As suas personagens, por sua vez, são complexas, distantes da perfeição e muito humanas na sua forma de sentir. E quanto ao seu enredo, este sabe ser cego, levando-nos por caminho erróneos, e esconde-se numa mente em êxtase quando chega a hora de espalhar terror.

Não vos vou contar nada da história para além do que está na sinopse que, sendo sucinta, é a perfeita porta de entrada para uma história como esta – quando menos souberem mais prazer esta leitura vos irá dar, acreditem. No entanto, as temáticas são tantas e tão interessantes que, juntamente com o excelente leque de intervenientes, na sua maioria já conhecidos, não me faltam temas para abordar sobre este texto, sobre um assassino cruel, passional e que levará Helen ao seu limite pessoal e profissional.

Se existisse um clube de fãs para a protagonista desta série eu entrava; ela é tão perturbada, durona e ao mesmo tempo sensível que se torna absolutamente irresistível. Depois do drama que teve de ultrapassar no livro anterior, Helen Grace está de volta à acção mas com notórias dificuldades emocionais. Para lá das alterações no trabalho, novas informações e enigmas surgem sobre a sua vida pessoal e, quando ela tenta remediar o passado, o seu mundo volta a desabar. Está mais exposta e fragilizada que nunca, mas igualmente convicta e pronta para dar tudo o que tem para desvendar o caso que tem em mãos.

Quanto às restantes personagens, adorei o assassino, quando este se revela é impossível ficar-lhe indiferente, mas irritei-me com a maior parte dos secundários que trabalharam com Helen. Por outro lado, todos os outros que fizeram parte deste texto em particular – sim, estou a falar dos mortos e familiares – compensaram e muito, devido às múltiplas temáticas que permitiram espelhar.


Para lá de todas as problemáticas psicológicas muito graves que começaram a aparecer através da própria personagem principal, este livro volta a deixar claro que a infância pode alterar completamente a maturidade de alguém e que, por muito que este se esforce por ultrapassá-la, ficará sempre com marcas permanentes. Dito isto, abusos parentais juntam-se a fanatismos religiosos, complementados com tráfico humano, prostituição, contrabando e violência em abundância, questões verdadeiramente tocantes para os mais susceptíveis, aqui expostas com a natureza humana retratada de forma crua e impressionante.

Não vos vou mentir, sei o suficiente para saber que a ausência de floreados de Arlidge  serve apenas para oferecer mais credibilidade ao seu texto e isso torna-o totalmente arrepiante. Sim, li um policial, um thriller psicológico com um excelente trabalho de investigação que me entreteve completamente e me prendeu do primeiro ao último momento, mas também sei que li um livro com fundos de verdade brutais, usualmente esquecidos e que, após reflexão, me pôs a tremer da cabeça aos pés – vivemos num mundo cão.

Até hoje não li um único livro da Topseller que não tivesse gostado e este não foi excepção, pelo contrário, superou-se completamente. Assim, se gostam deste género literário, ou se não o lêem com regularidade mas apetece-vos algo diferente, por favor, não deixem de experimentar esta série Helen Grace, é do melhor que tenho lido em muito tempo.

Da mesma série:
Um, Dó Li, Tá Opinião

Título: À Morte Ninguém Escapa
Autor: M. J. Arlidge
Género: Policial; Thriller Psicológico
Editora: Topseller


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