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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sinopse:
Wayward Pines não é apenas uma cidade.
E o que está do outro lado da vedação é um pesadelo. Aninhada entre montanhas perfeitas, a idílica cidade de Wayward Pines é um paraíso... Se esquecermos a vedação electrificada e o arame farpado, os franco-atiradores que vigiam tudo permanentemente e a vigilância atenta que detecta cada palavra e cada gesto. Nenhum dos residentes sabe como chegou aqui. É-lhes dito onde trabalhar, como viver e com quem casar. Alguns acreditam que estão mortos, que isto é a vida depois da morte. Outros acreditam que estão presos numa comunidade experimental. Em segredo, todos sonham com a fuga, mas os poucos que se atrevem a tentar têm uma surpresa aterradora. Ethan Burke viu o mundo do outro lado. Ele é o xerife da comunidade e um dos poucos que conhecem a verdade.


Talvez seja um pouco pretensioso da minha parte afirmar que já li muito e de géneros bastante diversificados, mas acredito que o fiz com a mesma certeza de que sei ter lido pouco e ainda ter tanto para descobrir. No entanto,  por tudo o que já encontrei entre páginas sinto que é cada vez mais difícil surpreender-me facilmente, mas a trilogia Wayward Pines conseguiu destacar-se para mim, conseguiu envolver-me e prender-me a uma história que prima pela multiplicidade e acção, mesclando thriller, ficção científica e até romance, em linhas plenas de tensão, em capítulos curtos que me fizeram desejar sempre mais.

Para aqueles que acreditavam ter ficado a conhecer esta cidade idílica, perdida no tempo, em Wayward Pines – ParaísoBlake Crouch mostra-nos agora que apenas havia revelado uma camada muito superficial deste lugar feito dos sonhos e dos pesadelos de cada um, levando-nos ao centro da sua criação e deixando-nos repletos de incertezas quanto ao próximo passo a tomar num futuro imperfeito.
Com o mesmo estilo de escrita, o autor aprofunda as temáticas e proporciona mais informação não só sobre este lugar como das figuras que nele habitam, alcançando ainda mais impacto sobre a verdade escondida por detrás deste teatro vivo.

Será sempre a verdade a melhor opção? Numa resposta instintiva eu diria que sim mas na perspectiva de uma condenação da humanidade, por exemplo, eu confesso-vos que reflicto, assim como penso se será melhor viver pela metade ou não viver de todo. Porque sim, há dias em que a ignorância é uma efectiva bênção e como sempre tive uma vida cheia é difícil julgá-la pela metade.
Wayward Pines – Revolta é, desta feita, o segundo título de uma trilogia que, para lá ficção, conseguirá fazer o leitor questionar-se, é um segundo título que mostra o despertar díspar de muitos dos ocupantes desta localidade para uma realidade que, até há data, estava escondida por detrás de um cenário onde a maioria acordou louca, perdida, e assim permanece, em perigo extremo, enquanto o leitor desespera pelos momentos chocantes, cruciais, em que o rumo da história muda e tudo pode acontecer.

Uma das coisas que mais gostei neste livro está relacionada com as suas personagens que, independentemente de serem ou não protagonistas, contribuem de alguma forma para criar o cenário em que desenvolve o enredo. Além disso, este é o título onde todos os que anteriormente me chamaram a atenção revelam a essência do seu carácter e mostram o quão o dúbia uma entidade pode ser. Este não é um universo de heróis.
Para lá de um Ethan Burke, agora xerife, que tenta investigar e fazer o que considera mais correcto e da sua esposa que se torna mais misteriosa com o adensar da trama, foram os supostos vilões que me conquistaram pela sua perversidade, pela sua consciência retorcida e que raramente chegamos a compreender na totalidade. Um bem-haja a Pam e a Pilcher, pelos passados e presentes fenomenais que enriquecem esta série tanto como aqueles que vos possam enternecer o coração.
Igualmente, gostei dos rebeldes em geral, secundários que mostram uma interessante forma de existir, de sobreviver, e da ironia que representam dando um novo sentido à palavra comunidade.

Intervenientes à parte, e tentando não cometer (mais) spoilers, mais sangrento e violento o texto encontra-se agora em mais um momento crucial, depois de nos fornecer uma imagem vivida de como Wayward Pines foi criada de raiz e dos pilares sob os quais foi levantada. O preço não poderia ser mais elevado e o resultado é, para esta vossa leitora, demasiado complexo para ser sentenciado.
A palavra, as mentiras e os segredos guardados com a própria vida, ganham uma nova dimensão e transversalidade de determinadas problemáticas, entre o passado e a actualidade, são um bónus que me tornou mais próxima de determinadas personagens. Creio que, numa visão geral, as temáticas universais são aquelas que mais dão que pensar, ainda assim índoles e conceitos comuns afectivos são abordados ao longo de toda a história.

Em suma, este é um livro que ultrapassa as suas bases, o thriller e a ficção científica, através de uma narrativa bem construída em torno da humanidade representada por uma amostra singular e plena nos seus pormenores que nos mantêm em suspenso até um final impróprio para cardíacos. Uma coisa vos digo, sou uma privilegiada por ter Wayward Pines – Caos na mesa-de-cabeceira.  

Esta é uma aposta Suma de Letras, do Grupo Penguin Random House, que eu sugiro sem restrições aos amantes de ambos os géneros literários, bem como aos que procurem uma história diferente e com a capacidade de atrair a atenção do leitor da primeira à última página – literalmente.


Wayward Pines – Paraíso – Opinião

Título: Wayward Pines – Revolta
Autor: Blake Crouch
Género: Thriller; Ficção Científica
Editora: Suma de Letras


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