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A Elphaba...

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Sinopse:
E se a única forma de salvar quem amas fosse sacrificar a tua própria vida?
Prestes a tornar-se Rainha, Wendy enfrenta uma escolha impossível. Para conseguir salvar o seu reino terá de se sacrificar a si própria. Conseguirá ela escapar ao destino? A vida de Wendy está prestes a mudar para sempre. Dentro de alguns dias, quando fizer 18 anos, vai casar-se com um homem que não ama e tornar-se rainha dos trylle. E parece inevitável entrar em guerra contra o próprio pai, o maléfico rei dos vittra. Wendy enfrenta a mais difícil escolha da sua vida. A única forma de salvar os trylle dos seus inimigos mortais é sacrificando-se a si própria e entregar-se como prémio ao pai. Mas como poderá ela abandonar as pessoas que ama, mesmo quando essa é a única maneira de as salvar? Como se tudo isto não bastasse, Loki, o vittra que ajudou Wendy a fugir do rei Oren, vem pedir-lhe asilo. O seu súbito aparecimento faz despertar novamente a paixão que os une. A sua vida amorosa complica-se ainda mais, pois Finn, o seu leal guarda-costas, não parece disposto a abrir mão dela. Nunca tanto esteve em jogo e Wendy, apaixonada por Finn e por Loki, vai ter de se decidir...

Adoro terminar uma trilogia e sentir que finalmente todas as peças de um puzzle, construído ao longo de centenas de páginas, se encaixam na perfeição revelando o verdadeiro valor da sua a história. Claro que nem sempre os finais são bem construídos, mas não é o caso. 
A trilogia Trylle, que de início me deixou reticente, mostrou ser uma grande aposta para os adeptos de fantasia YA, para jovens adultos, cumprindo todas as promessas e explorando todo o potencial das suas peculiares criaturas, trolls, que por detrás de uma figura quase tacanha escondem uma beleza encantatória, com uma historicidade apelativa e repleta de magia. Em Rainha percebemos, enfim, aquilo que começou a transparecer no livro anterior e todo o esplendor desta narrativa fantástica destapa, definitivamente, os merecidos louros que Amanda Hocking conquistou.

Se em Trocada me senti ludibriada por muitas possibilidades por explorar e imensas questões em aberto, recordo-me que quando terminei Dividida fiquei com a certeza de que tinha feito a escolha certa apostando nesta ficção diferente, que expõe numa raça que tinha aprendido a detestar - devido às muitas intrigas de corte, aos desamores complexos e aos riscos trazidos pelo aparecimento dos vittra, uma outra vertente dos trolls.
Embora não possa falar-vos das conclusões escolhidas por Amanda para o triângulo amoroso Wendy, Loki e Finn, e muito menos dizer-vos como ficou esta guerra que ameaçava divulgar as criaturas mágicas aos humanos, manks ou não, posso no entanto revelar-vos que estou muito contente com os caminhos escolhidos e com o amadurecimento geral de todos os intervenientes, ainda menores quando nos foram apresentados, agora soberanos de um segredo que deve ser guardado para todo o sempre.

Das muitas personagens que se rebelaram e, mais tarde, agradaram ou desiludiram, Wendy é quem mais se destaca pela figura de poder que acaba por representar. Para quem nada sabia deste universo e que, à mesma velocidade que o leitor, se vai enquadrando no lugar a que pertence, são perfeitamente aceitáveis as suas reticências e dilemas constantes, explosões emocionais ou gestos gelados, de quem acaba por conquistar mais responsabilidade do que deveria, algum dia, ambicionar.
Outra personagem que merece destaque é Loki, um vittra que se apresentou misterioso e que, quase até ao final, tente a revelar emoções dúbias. Ainda assim, para mim, ele é o típico cavaleiro que eu gostaria de apreciar na minha adolescência e creio que fará as delícias das jovens leitoras. Já Finn, por seu lado, sempre foi um interveniente que despertou em mim antipatia e embora, no final, este tenha finalmente despertado para uma realidade além do seu egocentrismo, julgo que o papel que lhe destinado, ainda que acertado, não foi merecido.

Para lá dos protagonistas do triângulo amoroso, personagens com Tove, os amigos do círculo íntimo de Wendy e Elora, desempenham funções cruciais e proporcionam momentos fascinantes, apelando a um lado mais sombrio da fantasia mas essencial para vencer o cliché das histórias de encantar. Pelo que o leitor deverá ter presente que em qualquer história existem perdas e ganhos, deverá ter presente que neste terceiro livro são quase tantos os que se conquistam como os que se perdem - como em qualquer texto que se esforce para que prevaleça o equilibro entre o bem e o mal.

Quem ousar arriscar terminar ou começar esta trilogia, poderá contar com muitas revelações no Reino dos Trylle, através dos cenários mágicos e das faculdades extraordinárias pontuam todas as páginas, entrelaçadas de forma criativa com a nossa realidade.
As batalhas e as disputas, sejam verbais, psicológicas ou físicas, continuam a ser uma constante e foram aquilo que mais me atraiu durante toda a leitura, em particular neste terceiro livro em que reinou a acção e a aventura, os riscos e, até, momentos de paixão - Amanda não se privou de transpor para uma ficção juvenil aquilo que qualquer jovem de 18 anos, repleto de hormonas, seria capaz de realizar.


Muitas surpresas são reveladas logo a partir das primeiras páginas, atendendo ao facto de acção se desenrolar no momento imediato em que Dividida terminou, e é importante para mim assegurar-vos que todas as questões anteriormente colocadas terão finalmente resposta no momento certo, ainda assim, confesso, que eu tenha sentido que os assuntos emocionais obrigaram a uma resolução demasiado rápida para quem se afeiçoar aos intervenientes e tenha vontade de descobrir um pouco mais.

Como citei em opiniões anteriores, a escrita de Amanda Hocking é extremamente agradável e apelativa, proporcionando uma leitura quase sôfrega, algo que alia a uma imaginação fértil com resultados bem conseguidos.
As suas descrições, embora breves, continuam a ser cuidadas em relação ao maravilhoso e, neste fim, consegui até a ligação com as personagens que tanto tinha procurado nos livros anteriores.

Em suma, um livro que sugiro a qualquer leitor de fantasia que procure algo leve para se entreter, com a certeza que a determinado momento acabará certamente por se admirar com o talento desta autora e com as suas singulares personagens.
Eu, pelo menos, gostei mesmo do resultado final da saga Trylle que se faz acompanhar, evidentemente, por uma capa maravilhosa tal como os seus antecedentes.

Esta é uma excelente aposta da ASA que está de parabéns pela diversificação, por oferecer a muitos leitores menos experientes a oportunidade de embarcar em mais um universo fantástico que os levará para além da imaginação.



Trocada (Opinião)
Dividida (Opinião)



Título: Rainha
Autora Amanda Hocking
Género: Fantasia; YA; Romance
Editora: ASA - Adquirir AQUI



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