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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Sinopse:
Primeiro, Ian Arkley pensou que aqueles gemidos no quarto ao lado fossem o lamento de um pequeno animal ferido. Depois, ouviu claramente uma voz de mulher implorar: «Não me magoe, Friederich! A partir daquele momento, a princesa Mariska passaria a estar sempre presente nos seus pensamentos. Não apenas como a infeliz mulher de um inválido, bêbado e sádico, que lhe batia com um chicote, mas como o único amor da sua vida; um amor sem esperança, porque, além de casada, Mariska era uma princesa alemã, uma inimiga! E Lorde Arkley tinha motivos para desconfiar que Mariska nunca deixaria de ser fiel àquele marido que a odiava.

Eu, tal como muitas leitoras adeptas de romance de época, já tinha ouvido falar de Barbara Cartland e foi com relativa satisfação que soube da sua publicação pela Quinta Essência.
Efectivamente romântica e com personagens adequadas à sua época, ano de 1905, À Beira do Lago Encantado é uma breve narrativa sobre um amor inesperado, uma narrativa que dá vida a um cenário verdadeiramente belo e real, que pretende recordar que existe sempre lugar para a felicidade.

Quanto a este enredo, ele é bastante simples e encontra-se bem desenvolvido pela sinopse, logo não há muito que eu possa dizer-vos que não seja spoiler. Assim, começo por vos falar do cenário que envolve este romance e que foi, para mim, um dos seus melhores atributos. Marienbad, uma estância termal na República Checa eleita pela monarquia e pelas melhores famílias, é o local perfeito para refazer e fortalecer o corpo e o espírito, é o palco perfeito para as lágrimas de um casamento violento, para os sonhos de quem nunca ousou acreditar que poderia ir além de um destino traçado e para difundir segredos proibidos que acabam por dar lugar ao amor. É, igualmente, um teatro vivo de intrigas de corte murmuradas entre a descontracção de um passeio saudável, é ideal para jantares que definem a posição de reinos e nações no período que antecede a Segunda Guerra, entre um charuto e a perdição de uma mulher.

No que respeita a personagens, Mariska, de descendência húngara, e Lord Arkley, um confidente do Eduardo VII, são o par romântico e protagonizam grande parte da teia que é desenvolvida mas, infelizmente, casal esteve longe de conseguir atrair-me. A relação entre ambos é promovida de forma precipitada, as emoções e sentimentos que florescem após os poucos momentos que têm a sós são demasiado intensos e o final que lhes é destinado está pouco justificado apesar de ser o único possível. Sinceramente, até considerei que a história e o par tinham bastante potencial mas faltou-lhe algum recheio – não sei se estou a ser clara, desculpem.
No entanto, gostei das personagens secundárias, em particular da duquesa de Vallière e do vilão, príncipe Friederich de Welzenstein, uma senhora de idade e amiga de Mariska e o esposo da protagonista, um homem retorcido, amargurado e detestável. Ambos representaram na perfeição os seus papéis e estão bem caracterizados.


Relativamente a outras temáticas desenvolvidos, a violência doméstica domina a maior parte da acção, bem como o alcoolismo e algumas intrigas e questões de estado/corte, mas nada muito aprofundado, estando as relações afectivas no centro da história.

Enfim, Barbara Cartland escreve bem e até conseguiu distrair-me mas não me encantou. No entanto, acreditem ou não, deixou-me a pensar no porquê do seu sucesso, nos milhões de exemplares que vendeu em vida e com a pulga atrás da orelha. Tenho a certeza que um dia voltarei a ler algo da autora para descobrir o seu segredo.

Esta é mais uma aposta no catálogo Quinta Essência, uma vez mais dedicada às fãs de histórias de amor.


Título: À Beira do Lago Encantado
Autora: Barbara Cartland
Género: Romance de Época


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