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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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terça-feira, 24 de março de 2015

Sinopse:
Numa época em que as mulheres da nobreza só dispõem de duas opções – casar ou esperar que um parente rico morra – as irmãs Tribble não têm sorte nenhuma. Não só ainda não encontraram o amor como, após anos de bajulação a uma intratável tia velha, veem o seu nome apagado do testamento aquando da sua morte.
As românticas Amy e Effie Tribble sonhavam com ricos jantares de carne assada e batalhões de criados aduladores mas agora estão oficialmente na penúria. Ironicamente, é neste cenário desolador que lhes ocorre uma ideia brilhante: colocar a sua educação esmerada ao serviço das jovens mais “difíceis”, apresentá-las à sociedade e arranjar-lhes casamento.
Não contavam que a sua primeira cliente fosse Lady Felicity Vane, cuja rebeldia ameaça enlouquecer a sua própria mãe e arruinar o projeto sentimental de Amy e Effie. A jovem prefere caçar com os amigos a pensar em casar. Mal ela sabe que o seu suposto pretendente é o homem que mais a irrita (e que mais irritado se sente por ela). Felicity nunca admitirá que o seu coração treme ao ver Charles Ravenswood, principalmente porque o elegante marquês parece não ter paciência nenhuma para as suas extravagâncias. O clima entre ambos é tão tenso que, se soubessem o que as irmãs planeiam, o resultado seria, no mínimo, desastroso...

De todos os géneros literários light que me dão prazer, as comédias românticas de época são aquele que mais facilmente me faz sorrir, que mais facilmente me consegue encantar de forma permanente ao longo do folhear, e a nova aposta da ASA soube efectivamente cativar-me em ambos os requisitos na perfeição.

Num contexto histórico esta narrativa não irá oferecer algo novo ao leitor, no entanto em relação ao entretenimento Marion Chesney montou um cenário original e mirabolante em que as suas personagens, ligeiramente loucas, se superam peripécia atrás de peripécia com um sentido de humor extraordinário.

O que têm em comum duas solteironas de meia-idade díspares e casmurras à beira da pobreza extrema, uma jovem debutante mimada e rebelde e um marquês de nariz empinado mas com um grande coração? Aparentemente nada, bem sei, mas na verdade são os três ingredientes desta deliciosa aventura, A Educação de Felicity, que dá início à série Academia de Etiqueta e que promete muitas e divertidas horas entre páginas.

Para mim, sem dúvida alguma, o trunfo desta história está nas suas personagens que, de uma forma ou de outra, agarram quem lê à acção e fazem com que este deseje saber o seu próximo passo e até onde cada uma delas está disposta a ir para conseguir os seus intentos.

O par romântico, não tão romântico assim, funciona através do princípio do gato e do rato, sendo Felicity uma fera com as garras de fora, maria-rapaz de criação e que faz tudo o que uma donzela não deve fazer afugentando todos os pretendentes, até que um dia, na tentativa de provar que consegue ser uma senhora, acaba por se render aos desígnios do coração. Já o marquês Ravenswood está mais que predisposto ao matrimónio, só que nunca com a selvagem Felicity mas, também ele, irá descobrir que até no mais agreste dos terrenos pode nascer uma bonita flor.
Desta feita, o mais interessante relativamente ao romance é ver o jogo de forças entre estas personagens, mesmo com a certeza desde o início de que estão destinados a surpreenderem-se mutuamente.

Quanto às protagonistas Amy e Effie Tribble, que creio serem efectivas ao longo de toda a série, são sem dúvida alguma o trunfo do texto – absolutamente hilariantes. Estas duas matronas espalhafatosas, mentirosas, sonhadoras e plenas de emoções, conquistaram-me desde o primeiro capítulo. Muito diferentes, estas gémeas falsas são a prova viva de enquanto há vida há esperança e há coragem para viver. Elas exemplificam a terrível condição a que muitas senhoras da nata social, já sem dinheiro e sem marido, têm de enfrentar, no entanto nunca perdem a pose e a dignidade, nunca perdem a vontade de encontrar a sua felicidade, nem que seja pelo olhos de uma jovem, e isso fez-me torcer por elas até ao último momento e muito para lá deste – estou desejosa de pegar na continuação.


Como não quero cometer nenhum spoiler relativamente a este enredo simples, digo-vos apenas que boa parte deste é passado em torno das tropelias e do refinamento de Felicity e dos dramas subtis e encarados com muita ligeireza das irmãs Tribble.

Quando à senhora Marion Chesney, actualmente com 79 anos, tem quase 100 livros publicados entre os géneros romance de época e mistério e se tiverem todos a escrita simples e directa que encontrei nesta obra, muito próxima do leitor sem perder os preceitos de época, esta descobriu em mim uma nova admiradora.
As suas descrições são superficiais e creio que é no ênfase das caracterizações que a autora se destaca; é sem dúvida a aposta assertiva para quem procura ler para descontrair… como foi o meu caso.

Esta é uma aposta da ASA que me agradou de forma bastante positiva, com uma edição muito bonita e que eu recomendo aos apreciadores deste género literário.


Título: A Educação de Felicity
Autora: Marion Chesney
Género: Romance de época; Comédia
Editora: Edições ASA







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